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Confronto, classificado por analistas como a primeira guerra aberta entre dois dos principais exércitos do Oriente Médio, já deixou ao menos 80 mortos no Irã e três vítimas fatais em Israel, além de centenas de feridos

A guerra entre Israel e Irã atingiu um novo patamar neste sábado (14), com trocas intensas de ataques aéreos e retóricas cada vez mais agressivas de ambos os lados. O confronto, classificado por analistas como a primeira guerra aberta entre dois dos principais exércitos do Oriente Médio, já deixou ao menos 80 mortos no Irã e três vítimas fatais em Israel, além de centenas de feridos e destruição generalizada em cidades como Teerã e Tel Aviv. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que os ataques até agora são apenas o início da resposta do país. “O que eles sentiram até aqui não é nada comparado com o que receberão nos próximos dias”, afirmou. Seu ministro da Defesa, Israel Katz, também elevou o tom: “Se Khamenei continuar a disparar mísseis, Teerã vai queimar”.

A morte de Ali Shamkhani, assessor direto do líder supremo Ali Khamenei, intensificou ainda mais o clima de tensão. Ele foi atingido durante o primeiro ataque israelense e estava internado em estado grave até sua morte ser confirmada neste sábado. Também morreram membros da Guarda Revolucionária Islâmica e outros altos oficiais. O governo iraniano afirmou que responderá com mais força se os ataques continuarem. O presidente Masoud Pezeshkian declarou que o país não retomará as negociações sobre seu programa nuclear enquanto “o regime sionista” mantiver os bombardeios.

A ameaça de Teerã se estende a países como Estados Unidos, Reino Unido e França, que apoiam Israel e têm auxiliado na interceptação de drones iranianos. A crise já provocou impactos geopolíticos e econômicos. Há temores de que o Irã feche o estreito de Hormuz — rota por onde passa cerca de um terço do petróleo mundial. A tensão elevou os preços da commodity no mercado internacional.

*Com informações da AFP