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Justamente quando contratou o tão esperado Ancelotti para a seleção brasileira, após 45 absurdos dias, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na quinta-feira (15).
O interventor nomeado pelo desembargador Gabriel Zefiro, Fernando Sarney, convocou sexta-feira (16) a próxima eleição da entidade máxima do futebol brasileiro. O pleito está marcado para 25 de maio, um domingo.
Entenda o processo da eleição
Participam da Assembleia Geral da CBF os presidentes das 27 federações estaduais (com peso 3 no voto), os mandatários dos 20 clubes da Série A (peso 2) e os presidentes dos 20 clubes da Série B (peso 1).
No dia 24 de março, Ednaldo Rodrigues havia sido eleito, como candidato único, para o mandato de março de 2026 a março de 2030, por aclamação, com apoio de todo o colégio eleitoral.
Menos de dois meses depois, um bloco de 19 das 27 federações o abandonou. Em manifesto, os dirigentes manifestaram o desejo de busca de um nome para se candidatar ao cargo.
É óbvio que Ednaldo deverá interpor recurso no STF contra seu afastamento, mas o movimento das federações indica que seus dirigentes não acreditam em reviravolta na situação do presidente afastado.
A assessoria jurídica da presidência da CBF qualificou a decisão da Justiça do Rio de Janeiro como uma “afronta direta” à ordem constitucional e pediu ao STF medidas cautelares para suspendê-la.
O recurso deverá ser analisado pelo ministro Gilmar Mendes.
Samir Xaud, dirigente de Federação de Roraima, que terá como vice, no pleito, a presidente da Federação Paraibana de Futebol, Michelle Ramalho, é candidato único, uma vez que outra chapa que pretendia concorrer não se inscreveu.
Brasil pode não disputar a Copa de 2026
Enquanto a CBF organiza a nova eleição, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) está procurando entender melhor a situação, antes de tomar qualquer atitude.
O estatuto da entidade afirma que decisões da Justiça comum que interfiram na autonomia de entidades filiadas à Fifa podem gerar sanções, entre as quais a suspensão de seleções e clubes em competições internacionais. O afastamento de Ednaldo poderia se enquadrar nessa cláusula estatutária. Pergunta-se: será que a Fifa, apesar de o estatuto rezar isso vai ter coragem de tomar tal decisão? Ou haverá o “jeitinho” que, nesse caso, não é brasileiro..