O estádio Nacional Mané Garrincha de Brasília, uma das oito sedes da Copa do Mundo Feminina de 2027 © EVARISTO SA
A Fifa anunciou nesta quarta-feira (7) as oito cidades que sediarão a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027 no Brasil — a primeira edição realizada na América Latina —, sob o sonho da Seleção de conquistar seu primeiro título, apesar da ausência anunciada de sua rainha, Marta.
Fotos de arquivo dos oito estádios que sediarão a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, da E a D: a Arena de Pernambuco em Recife, o Maracanã no Rio de Janeiro, o Mané Garrincha em Brasília, o Beira-Rio em Porto Alegre, o Mineirão em Belo Horizonte, a Neo Química Arena em São Paulo, a Arena Castelão em Fortaleza e a Arena Fonte Nova em Salvado © Pablo PORCIUNCULA
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Recife são as sedes escolhidas para o torneio no Brasil, que nunca venceu uma Copa do Mundo Feminina, embora o futebol feminino venha numa crescente no país nos últimos anos.
A candidatura do Brasil derrotou uma proposta conjunta de países europeus durante o congresso da Fifa em maio de 2024.
“Com a enorme paixão de vocês pelo futebol, 2027 será realmente espetacular”, acrescentou.
Os estádios das cidades anunciadas, escolhidos entre 12 propostas, já foram utilizados na Copa do Mundo Masculina de 2014, quando o Brasil, pentacampeão e liderado por um jovem Neymar, foi eliminado nas semifinais com uma goleada histórica de 7 a 1 contra a Alemanha.
Esta será a primeira vez que haverá eliminatórias sul-americanas específicas para classificar para o Mundial, a partir de outubro. Até então, as vagas da região eram definidas de acordo com o desempenho na Copa América.
A Copa do Mundo feminina de 2027 será a segunda a ser disputada com 32 seleções, formato inaugurado na edição de 2023, na Austrália e Nova Zelândia. anteriormente, eram 24 equipes.
– Pela glória, sem a rainha –
Oito vezes campeã da América e atualmente oitava colocada no ranking da Fifa, a Seleção Brasileira já está garantida na competição como país-sede.
Disputará a Copa de 2027 sem a lendária atacante Marta, de 39 anos, que anunciou a aposentadoria da Seleção no ano passado.
Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, a atual camisa 10 do Orlando Pride, dos Estados Unidos, afirmou que estará apenas “aplaudindo” a equipe do lado de fora.
Em 2007, o Brasil perdeu por 2 a 0 a final contra a Alemanha, após um Mundial no qual Marta foi a artilheira, melhor jogadora e autora do gol mais bonito do torneio.
Em 2019, a rainha do futebol brasileiro se consagrou como a maior artilheira da história das Copas do Mundo, tanto femininas quanto masculinas. Nessa época, ela também já havia superado Pelé como maior goleadora com a camisa do Brasil.
Enquanto a seleção masculina passa por um período de declínio há alguns anos, a feminina chega à Copa com o impulso popular que o futebol delas tem conquistado no país.
Até o final dos anos 1970, as mulheres no Brasil foram proibidas por décadas de jogar em clubes de futebol, uma prática que a lei considerava “incompatível com as condições de sua natureza”.
Mesmo assim, continuaram jogando em bairros e comunidades, até que a proibição foi revogada perto do fim da ditadura militar (1964–1985).
Hoje, o futebol feminino brasileiro é o mais forte da América Latina. Além de atrair meninas e adolescentes nas categorias de base dos clubes, consegue encher estádios em partidas importantes, atrai patrocinadores milionários e tem status profissional no campeonato nacional.
No entanto, os investimentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos clubes, assim como os salários das jogadoras, ainda estão longe dos valores praticados no futebol masculino.
Com informações do www.msn.com