Foto: Reprodução/Internet

 

Enquanto Pequim fala em ‘lutar até o fim’, Casa Branca anuncia que taxas contra produtos chineses agora chegam a 45%; União Europeia suspendeu retaliação por 90 dias após trégua, mas cobra avanços em negociação

 

União Europeia anunciou nesta quinta-feira (10) a suspensão, por 90 dias, das contramedidas contra as tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos. A decisão ocorre após o presidente americano, Donald Trump, declarar uma pausa na aplicação de novas tarifas a dezenas de países — com exceção da China. A medida da Casa Branca foi vista pela UE como um gesto positivo. Em comunicado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco quer “dar uma chance às negociações”, mas alertou que, se não houver avanços, as contramedidas europeias entrarão em vigor. “Todas as opções continuam sobre a mesa”, disse.

“O diálogo está aberto, mas precisa ser baseado no respeito mútuo”, afirmou a porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yongqian. Caso contrário, disse, a China “lutará até o fim”. Como parte das represálias, Pequim também anunciou que vai reduzir o número de filmes americanos exibidos no país.

O Canadá, por meio do primeiro-ministro Mark Carney, considerou a pausa tarifária “um alívio” e informou que pretende iniciar conversas com os EUA após as eleições de 28 de abril. Vietnã e Paquistão também anunciaram a intenção de abrir diálogo com o governo americano. Trump demonstrou otimismo quanto a novos acordos comerciais. “Haverá um acordo com a China. Haverá um acordo com cada um dos países”, afirmou. Segundo ele, a política tarifária visa fortalecer a indústria dos EUA, incentivando empresas a retornarem ao território americano.

*Com informações da AFP