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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que é preciso enfrentar o problema da segurança pública e ressaltou que o tema é a grande preocupação da sociedade brasileira. Para Motta, é preciso discutir qual modelo de segurança pública deve ser implantado para enfrentar o poder organizado das facções criminosas. Ele informou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, vai entregar amanhã aos líderes partidários a Proposta de Emenda à Constituição que reorganiza o sistema de segurança pública brasileiro. Motta falou sobre o assunto em evento da Associação Comercial de São Paulo.
“Excepcionalizamos gastos para tudo e por que não fazemos isso para segurança? O cidadão quer resolver e discutir o problema de fato e quer uma resposta: se o estado for pra cima com os instrumentos que temos, como o grau de inteligência, cruzando as informações atacando onde estão os financiamentos do crime, duvido que não se resolva o problema.”
Hugo Motta defendeu a pacificação nacional para enfrentar a radicalização política no País. Segundo ele, a pauta da anistia é uma manifestação válida, mas não é se distanciando das instituições que o Brasil vai encontrar a saída para os problemas. Motta pontuou que é preciso, no entanto, sensibilidade para corrigir algum exagero que esteja acontecendo em relação às penas dos envolvidos nos atos de vandalismo em 8 de janeiro. E também defendeu responsabilidade para não aumentar a crise institucional.
“Não vamos ficar restritos a um só tema, vamos levar essa decisão do colegiado de líderes, vamos conversar com o Senado, e conversar com os Poderes Judiciário e Executivo para que uma situação de pacificação possa ser dada. Aumentando uma crise não vamos resolver esses problemas não, não embarcaremos nisso.”
Hugo Motta também destacou que é preciso aprimorar o sistema politico brasileiro a partir de uma mudança no sistema eleitoral. Motta defende o voto distrital misto para que a Câmara dos Deputados seja mais representativa. Pela proposta em andamento na Casa (PL 9212/17), o eleitor passa a votar diretamente em um candidato para representar seu distrito e também em um partido de sua preferência, unindo os sistemas distrital e o proporcional.
Em sua fala, o presidente Hugo Motta também questionou o que chamou de exageros de incentivos fiscais que o País concede a diversos setores da economia. Segundo ele, esses incentivos estão em cerca de R$ 600 bilhões de reais e precisam ser revistos.
Com informações da Rádio Câmara, de Brasília, Luiz Gustavo Xavier