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O governo do presidente Donald Trump decidiu na noite desta sexta-feira (11) pela exclusão de smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas em vigor hoje, de 145% da China e de 10% sobre outros países.

A lista de exceções foi publicada pela US Customs and Border Protection, a alfândega americana. Além de smartphones, estão isentos laptops, discos rígidos, processadores de computador e chips de memória -são itens que em geral não são fabricados pelos Estados Unidos.

Entre os produtos que não estarão sujeitos às novas tarifas, estão ainda máquinas usadas para fabricação de semicondutores, o que segundo a Bloomberg beneficiaria a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., que anunciou um novo investimento nos EUA, bem como para outros fabricantes de chips.

O Financial Times lembrou que a administração Trump está moderando sua abordagem à guerra comercial, e que a suspensão acontece após semana de intensa turbulência nos mercados.

MUDANÇA IMPROVÁVEL

Em relatório publicado antes da decisão, a consultoria TechInsights, voltada à indústria de semicondutores, considera improvável a mudança da produção do celular, hoje enraizada na China, para os EUA. Isso exigiria anos de investimento em automação e infraestrutura para se alcançar o patamar de 200 milhões de smartphones fabricados -e o preço poderia chegar a US$ 3.500 (R$ 20,5 mil), no caso da fabricação em solo americano.

Com as tarifas dos EUA no patamar atual sobre importações chinesas, a pressão seria repassada pela Apple aos consumidores. Assim, o preço do celular no país poderia saltar quase 70% e chegar a US$ 1.850 (R$ 10,8 mil).

Para contornar as tarifas, desde março a Apple fretou seis aviões cargueiros para transportar 600 toneladas de iPhones, totalizando cerca 1,5 milhão de unidades do smartphone, da Índia para os Estados Unidos.

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