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Renato Duque foi acusado de receber R$ 5,6 milhões em propinas; ele diz que as acusações não foram comprovadas e que são baseadas exclusivamente em delações premiadas

O ex-diretor de Serviços da PetrobrasRenato Duque, foi condenado em um processo da extinta Operação Lava Jato a 29 anos e dois meses de prisão, em regime inicial fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Justiça decretou o confisco, em favor da União, da escultura Raízes e do montante de R$ 3,4 milhões em bens. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer. O advogado Marcelo Lebre, que representa o acusado, informou que vai se manifestar apenas no processo. Em defesa enviada na ação, o ex-diretor alegou que as acusações não ficaram comprovadas e são baseadas exclusivamente em delações premiadas.

Os contratos direcionados somaram R$ 525 milhões e envolveram a construção e montagem de um laboratório de fluídos em Macaé (RJ) e a prestação de serviços no Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), na Unidade Industrial U-8221 e na Subestação Auxiliar SE-8221. A Petrobras participou do processo como assistente de acusação.

Segundo os procuradores da força-tarefa da finada Lava Jato, os pagamentos foram intermediados por Milton e José Adolfo Pascowitch, operadores de propinas que fecharam acordo de delação com o Ministério Público Federal. A reforma de um apartamento em São Paulo e a compra da escultura Raízes, do artista plástico Frans Krajcberg, também teriam sido propinas.

As ações contra Renato Duque são reminiscências do acervo da Lava Jato, que ruiu após decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro anulou grande parte dos processos.

*Com informações do Estadão Conteúdo