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Com a chegada do mês de março, ganha destaque o alerta para o câncer colorretal, também chamado de câncer de intestino, doença silenciosa que requer atenção aos seus sinais e fatores de risco, sendo o terceiro tumor que mais mata no Brasil. Para o Março Azul, campanha de combate a esta enfermidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância da colonoscopia, importante exame diagnóstico da doença.

Em João Pessoa a população tem acesso ao exame de forma facilitada, podendo ser agendado diretamente pelo aplicativo da Prefeitura, o João Pessoa na Palma da Mão. No aplicativo, é preciso selecionar a categoria saúde ir até a aba ‘exames’, onde deverá selecionar o exame pretendido. O usuário deve preencher os dados solicitados e anexar a requisição médica. Também é possível solicitar o exame por meio da Unidade de Saúde da Família (USF), que realizará o agendamento via Central de Regulação.

A colonoscopia é um exame endoscópico utilizado para identificar alterações como tecidos inflamados, pólipos (que são as lesões precursoras de 90% dos cânceres intestinais) e, até mesmo, o câncer instalado no intestino grosso (cólon) e no reto; para o exame é utilizado o aparelho chamado colonoscópio. O exame é feito com o paciente sedado, para isso, além da assistência do médico especializado para realizar o procedimento, o paciente também é acompanhado pelo anestesiologista e equipe multiprofissional.

“A partir de 45 anos, toda a população deve fazer o exame mais acessível, que é a pesquisa imunológica de sangue oculto nas fezes. Quando esse exame dá positivo, precisamos fazer o exame que identifica a lesão, que é a colonoscopia. Esse exame também é capaz de retirar exatamente os pólipos, que grande parte das pessoas que têm a partir de 45 anos de idade, mas que, como não causam sintomas, a maioria desconhece possuir. Essa lesão, esse pólipo, leva em torno de oito a 10 anos para virar um câncer. Mas se for retirado antes, através da colonoscopia, a pessoa fica livre do câncer. E é por isso que os exames de prevenção são tão importantes. Principalmente a colonoscopia, que inclusive pode ser o primeiro exame a ser feito quando já se tem alguma indicação ali, seja por sintomas ou por outros antecedentes pessoais de risco”, explica a médica coloproctologista e coordenadora do programa de Residência Médica em Coloproctologia da SMS, Shirlane Frutuoso.

A programação da campanha Março Azul na Capital contará com diversas programações acontecendo, principalmente na segunda quinzena do mês, dentre elas um Simpósio Interdisciplinar no sábado (15), uma caminhada em alusão ao tema, no domingo (23) e mutirões de colonoscopias nos hospitais da rede municipal Santa Isabel e Hospital Dia, além do Hospital Universitário Lauro Wanderley.

“A campanha do Março Azul é muito importante, pois nela reforçamos sobre a prevenção, sobre o rastreamento alertando sobre a importância de um diagnóstico precoce. Reforçamos nossa rede municipal também, com a assistência prestada com médicos especializados, oferta de exames aumentada, além do tratamento interdisciplinar que é fundamental para os casos confirmados”, destaca a médica Shirlane Frutuoso.

Câncer colorretal – A doença acomete principalmente homens e mulheres com 45 anos ou mais, além de pessoas com histórico familiar. O câncer de intestino engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus) e no ânus.

A Paraíba tem em torno de 240 casos novos por ano e a maior parte desses pacientes são de João Pessoa, de acordo com a médica Shirlane Frutuoso.

“O câncer de intestino se diagnosticado nas fases iniciais, quando ainda não se tem sintomas, tem 90% de cura. Mas quando é descoberto através de sintomas, quase 1/4 dos pacientes já tem metástase no fígado, nesses casos a sobrevida cai bastante para 60%, 40%”, explica a especialista.

Fumar, consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, ter uma vida sedentária, consumir bebidas alcoólicas, idade superior a 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, obesidade são fatores de risco para esta doença.

Com informações da SECOM-PMJP