Foto: Reprodução/Internet

Após semanas de benevolência com o Rússia, o presidente Donald Trump cogita sancionar o país como forma de acabar a guerra

A posição nada ortodoxa adotada pela nova administração norte-americana em relação ao desfecho da guerra na Ucrânia, ocasionou inúmeras críticas da sociedade civil norte-americana, a imprensa do país e os principais aliados europeus. A quebra tão clara da conduta histórica adotada pelos Estados Unidos, fez com que questionamentos surgissem acerca das reais intenções de Donald Trump com tal aproximação aos russos.

As repercussões no continente europeu foram dramáticas, ocasionando uma série de reuniões emergenciais em Londres, Paris e Bruxelas, buscando reverter o atual cenário. Mesmo com a decisão de ingressar em uma jornada rumo ao rearmamento continental, o caminho instável e tortuoso até a sonhada paz, eleva as preocupações dos líderes europeus. As relações claramente abaladas entre os dois lados do Atlântico, fazem com que a cobrança sobre o futuro da Ucrânia recaia nos colos de novas lideranças com menos dinheiro em caixa, e mais preocupações sobre as possibilidades de uma guerra generalizada contra a Rússia.

IndubitavelmenteDonald Trump é um exímio negociador, já que toda sua fortuna construída no mercado imobiliário e em diversos outros setores, foi baseada na sua capacidade de conseguir o melhor negócio para seu próprio benefício. Apesar de muitas de suas táticas de negociação serem questionáveis por seu compasso moral, seu objetivo de alcançar um acordo mais vantajoso é quase sempre bem-sucedido. Muitas pessoas, inclusive os maiores especialistas na forma como Trump governou e governa, acreditam que essa nova manobra, seja apenas uma etapa de sua complexa tática de negociação para ter o triunfo da resolução da guerra, e um grande lucro geoestratégico e financeiro para os Estados Unidos.

Considerando, que a Rússia controla e controlará pelo menos 20% do próspero solo ucraniano, ameaçá-los com sanções pode significar um maior poder de barganha, quando no futuro, russos e norte-americanos de fato controlarem, a mais pobre nação do Leste europeu. Muitas incógnitas serão reveladas nos próximos dias, mas conhecendo a maneira como atua o magnata de Nova York, muitas de suas falas enfáticas, são apenas alguns movimentos previamente pensados no vasto tabuleiro de xadrez da geopolítica mundial.

Com informações da AFP