Deputada é acusada de desviar quatro milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu; justiça francesa afirma que esses recursos foram utilizados para pagar assessores do partido Rassemblement National
Marine Le Pen, uma das figuras mais proeminentes da oposição na França, está oficialmente fora das próximas eleições presidenciais do país. A política foi declarada inelegível por cinco anos após ser condenada por fraude, o que a impede de concorrer até 2030. As eleições na França estão programadas para 2027, e Le Pen era considerada uma das favoritas para o pleito. Além da inelegibilidade, Le Pen também foi sentenciada a quatro anos de prisão, dos quais dois devem ser cumpridos em regime fechado. No entanto, a execução da pena de prisão depende do esgotamento de todos os recursos legais por parte de sua defesa.
A condenação de Le Pen está relacionada à acusação de fraude envolvendo o desvio de quatro milhões de euros de fundos do
Parlamento Europeu. Segundo a justiça francesa, esses recursos foram utilizados para pagar assessores do partido Rassemblement National, que trabalhavam na França sem ligação direta com suas funções como parlamentar da União Europeia. A defesa de Le Pen alega que os fundos foram usados de forma legítima e critica o que considera um julgamento político, com o objetivo de retirá-la da disputa eleitoral.
O cenário político na França ainda é incerto, com as eleições presidenciais a três anos de distância. O atual presidente, Emmanuel Macron, não pode concorrer novamente, pois já foi eleito em 2017 e 2022. Os partidos tradicionais, como os Republicanos e os Socialistas, ainda não definiram seus candidatos. O partido de Le Pen, Rassemblement National, que chegou ao segundo turno nas duas últimas eleições presidenciais, enfrenta agora o desafio de encontrar um sucessor à altura. Jordan Bardella, de 29 anos, é apontado como o sucessor natural, mas ainda não possui grande reconhecimento nacional.
*Com informações da AFP
