BRASILIA, BRAZIL - SEPTEMBER 5: Minister of Justice and Public Security Flávio Dino looks on during an event to commemorate the International Amazon Rain forest Day at Salão Nobre of Planalto Government Palace on September 5, 2023 in Brasilia, Brazil. The Amazon area covers an area of 6.7 million square kilometers over Brazil, Bolivia, Peru, Colombia, Ecuador, Guyana, Suriname, Venezuela and French Guyana and has a population of around 33 million. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

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Dino deu 15 dias para o TCU apresentar relatórios referentes às “emendas Pix”. Ministérios da Saúde e da Gestão também devem se pronunciar

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentar relatórios, planos de trabalho e informações referentes às “emendas Pix”. Em despacho publicado nesta segunda-feira (3/2), Dino cobrou ainda dos ministérios da Saúde e da Gestão o cumprimento das decisões do STF para dar transparências às emendas parlamentares.

Decisão sem cumprimento

  • Dino detalhou que pouco do exigido foi cumprido. Segundo frisa seu despacho, o prazo para a inserção de dados na plataforma Transferegov.br terminou e, até dezembro do ano passado, 1.080 planos (19,33%) ainda aguardavam elaboração, 84 transferências (1,50%) estavam em ajuste do plano e 242 (4,33%) estavam em elaboração.
  • “A despeito dos avanços quanto ao cumprimento da obrigatoriedade de apresentação dos planos de trabalho relativos às ’emendas Pix’, é imprescindível que TODOS os planos de trabalho sejam inseridos na Plataforma Transferegov.br e devidamente aprovados”, disse o ministro no despacho.
  • Dino ainda deu prazo de 10 dias para que o Ministério da Gestão e da Inovação informe o estágio de execução do Plano de Ação para atender que os requisitos de transparência e rastreabilidade das emendas.
  • O Ministério da Saúde também tem 10 dias para prestar informações sobre o cumprimento de determinação de abertura de contas específicas para movimentação de cada emenda parlamentar, conforme ordem judicial de agosto.

Emendas suspensas

No mesmo despacho, Dino suspendeu ainda o respasse de emendas parlamentares para duas entidades. A decisão é para ONGs que não comprovaram a aplicação dos recursos: a Associação Moriá e a Programando o Futuro. As duas foram inscritas no Cadastro de Entidades Privadas Impedidas (Cepim) e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis).

Em decisão de 3 de janeiro, Dino determinou às ONGs e demais entidades do terceiro setor que, conforme o 5º Relatório Técnico da CGU, que tivessem informações incompletas em seus sítios eletrônicos a respeito das emendas parlamentares recebidas, o cumprimento integral da determinação de transparência, com a publicação dos valores recebidos de emendas e em que foram aplicados ou convertidos, sob pena de suspensão de novos repasses.

“Tendo em vista o fim do prazo estabelecido e a ausência de manifestação, até o presente momento processual, das entidades Associação Moria e Programando o Futuro, determino a suspensão imediata dos repasses às referidas entidades, com a inscrição destas no Cepim e Ceis pelos órgãos competentes do Poder Executivo”.

Com informações do Matrópole