Foto: Reprodução/Internet
Ministério da Defesa refutou boatos de que o presidente Bashar al-Assad teria abandonado a cidade; forças de Assad enfrentam o momento mais crítico desde o início da guerra civil em 2011
Grupos rebeldes sírios afirmaram neste sábado (7) que estão cercando Damasco como parte de uma ofensiva liderada pela aliança islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). A ação marca um avanço significativo no conflito, com o comando rebelde declarando que iniciou a “fase final” do cerco à capital. Por outro lado, o governo sírio negou ter perdido o controle da cidade e refutou boatos de que o presidente Bashar al-Assad teria abandonado a capital. O Ministério da Defesa classificou as informações como “infundadas”.
Cenário de tensão em Damasco e reações internacionais
No subúrbio da capital, manifestantes derrubaram uma estátua de Hafez al-Assad, pai do atual presidente, em um ato simbólico contra o regime. Paralelamente, forças rebeldes buscam assegurar a população local, pedindo que diferentes comunidades religiosas mantenham a calma e prometendo o “fim do sectarismo e da tirania”, segundo o comandante rebelde Hasan Abdel Ghani.
No cenário internacional, a Rússia, principal aliada do governo sírio, classificou como “inaceitável” o avanço dos rebeldes e pediu que seus cidadãos deixem o país. O Irã, outro aliado de Assad, começou a retirar militares e diplomatas, enquanto os Estados Unidos e a Jordânia também emitiram alertas semelhantes.

Situação humanitária e perspectivas
Com o apoio russo e iraniano enfraquecido por conflitos regionais e a guerra na Ucrânia, as forças de Assad enfrentam o momento mais crítico desde o início da guerra civil em 2011, que já deixou mais de 500 mil mortos e dividiu o país em zonas de influência controladas por potências estrangeiras. Enquanto a situação em Damasco permanece incerta, a ofensiva rebelde demonstra a fragilidade do regime e aumenta os desafios para uma solução pacífica na Síria.
*Com informações da AFP