Foto: Reprodução/Internet‘A Venezuela sempre está disposta a estabelecer boas relações com os governos americanos, enquadradas no espírito de diálogo, respeito e sensatez’, informou o chanceler venezuelano, que cumprimentou Trump
O governo da Venezuela, que rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos durante o primeiro mandato de Donald Trump, declarou, nesta quarta-feira (6), estar disposto a “estabelecer boas relações” com Washington na volta do bilionário à Casa Branca, em um comunicado divulgado pelo chanceler, Yván Gil. “A Venezuela sempre está disposta a estabelecer boas relações com os governos americanos, enquadradas no espírito de diálogo, respeito e sensatez”, informou Gil. O chanceler cumprimentou Trump por sua vitória nas eleições presidenciais.
Oposição
A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, também parabenizou nesta quarta-feira (6) Donald Trump por sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e prometeu ser um “aliado confiável”, caso consiga destituir Nicolás Maduro do poder.
“Felicito o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald J. Trump, por seu triunfo nesta jornada democrática”, disse González nas redes sociais, em que se declara ‘presidente eleito’ da Venezuela, depois de denunciar fraudes nas eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato (2025-2031), sem que até agora tenha sido apresentado um escrutínio detalhado.
“Presidente Trump, o governo democrático que nós, venezuelanos, elegemos em 28 de julho (…) será um aliado confiável para trabalhar com sua administração pelo bem estar de nosso povo”, acrescentou Machado. O republicano Trump, que foi aliado da oposição venezuelana durante seu primeiro mandato nos Estados Unidos (2017-2021), se tornará presidente novamente depois de ganhar mais de 270 votos necessários no colégio eleitoral para derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris.
Durante seu primeiro mandato, ele manteve uma linha dura de sanções econômicas contra a Venezuela e reconheceu o então chefe do Parlamento, o líder da oposição Juan Guaidó, como presidente interino em uma tentativa fracassada de forçar a saída de Maduro. “O reconhecimento e o apoio de Trump à causa democrática no continente e especialmente na Venezuela têm sido fundamentais para gerar pressão sobre as ditaduras e opções de mudança em favor da América Latina”, disse Guaidó. “Sabemos que contamos com você”, acrescentou Machado.
O governo de Joe Biden não reconheceu explicitamente González Urrutia como presidente eleito, mas disse que o líder da oposição venceu a eleição. Há “provas contundentes” de que González Urrutia venceu a eleição, de acordo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
*Com informações da AFP