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‘Reiteramos nosso compromisso com o direito internacional humanitário e cumpriremos com nossas respectivas obrigações’, apontaram os chanceleres na declaração
Os ministros das Relações Exteriores do G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, declararam, de forma indireta, que “cumprirão com suas respectivas obrigações” em relação à ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra na Faixa de Gaza. A declaração foi divulgada ao final de um encontro de dois dias, evidenciando divergências internas quanto à decisão da corte e à sua aplicação.
Netanyahu, por sua vez, classifica a decisão do TPI como “antissemita”, enquanto os Estados Unidos a consideraram “ultrajante”. A ordem implica que, caso um dos mencionados entre em um país que seja signatário do Estatuto de Roma, as autoridades locais devem proceder com a prisão, embora essa norma tenha sido desrespeitada em ocasiões anteriores.
O chanceler da Itália, Antonio Tajani, destacou que o grupo estava dividido em relação à ordem do TPI, optando por permitir que cada nação decidisse suas “respectivas obrigações”. A declaração também enfatizou a necessidade de Israel cumprir suas responsabilidades sob o direito internacional, especialmente diante da situação crítica em Gaza.
Os países do G7, que incluem EUA, França, Itália, Alemanha, Japão, Reino Unido e Canadá, pediram também um avanço nas negociações entre Israel e o Hezbollah para um cessar-fogo no Líbano. Além disso, expressaram preocupação com a violência contra colonos judeus na Cisjordânia. Os chanceleres também criticaram a “retórica nuclear irresponsável” da Rússia e reafirmaram seu apoio à integridade territorial da Ucrânia. Em relação à situação na Venezuela, manifestaram preocupação com as violações de direitos humanos e solicitaram a libertação de prisioneiros políticos.
Com informações da AFP