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UE vem sofrendo pressão de autoridades e setores empresariais globais para que seja suspensa uma norma que visa proteger florestas ameaçadas, por meio do rastreamento das cadeias de suprimentos

União Europeia tem se destacado na luta contra as mudanças climáticas, implementando uma nova legislação com o objetivo de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. No entanto, essa iniciativa tem gerado controvérsias, especialmente com a pressão de autoridades e setores empresariais globais para que a UE suspenda uma norma que visa proteger florestas ameaçadas, por meio do rastreamento das cadeias de suprimentos. As novas regras, que devem entrar em vigor no final deste ano, impactarão bilhões de dólares em mercadorias e foram consideradas “discriminatórias” por nações da América Latina, Sudeste Asiático e África.

O governo dos Estados Unidos, sob a administração Biden, manifestou preocupação e pediu um adiamento da implementação da lei, alertando que isso poderia resultar em escassez de produtos na Europa. A China também se posicionou contra a legislação, levantando “questões de segurança”. Além disso, representantes do governo brasileiro e líderes de outros países têm solicitado prazos maiores, enfatizando as dificuldades enfrentadas na proteção climática.

A nova legislação proíbe a comercialização de produtos provenientes de commodities cultivadas em áreas desmatadas, o que afetará diversos itens do cotidiano. A expectativa inicial era que essa medida incentivasse outras nações a adotarem legislações semelhantes. Contudo, a complexidade de rastrear cadeias de suprimentos em um mundo cada vez mais globalizado representa um desafio significativo.

Apoios à legislação surgem de defensores que argumentam que os custos de um adiamento seriam ainda mais prejudiciais, citando os impactos das mudanças climáticas já observados na Europa. Pequenos agricultores também veem a norma como uma oportunidade para aumentar a transparência na cadeia de suprimentos. Entretanto, a implementação da norma pode se revelar complicada, e qualquer pedido de adiamento necessitará de aprovação legislativa.

Com informações da Jovem Pan