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Por: Gilson Lima
SAF é a sigla para Sociedade Anônima de Futebol, que foi criada a partir da Lei 14.193/2021 e permitiu que clubes de futebol do Brasil pudessem ser transformados em empresas.
Conforme estudos, e acompanhando o desenvolvimento de alguns clubes no Brasil, que se tornaram SAF, tenho a seguinte opinião.
Porque uma SAF neste momento
1° Toda roupa veste um nú.
2° Por exemplo, Uma SAF de 250 milhões em 15 anos, dá praticamente 17 milhões ao ano
Ora, se em novembro nossos times não tem 100, 200, 300 mil pra montar um elenco e sempre fica a depender de um bolso forte pra fazer um aporte ou nas mãos dos empresários e de repente ter vida própria pra contratação, já seria um avanço. (valores sem falar em despesas básicas pra uma pré-temporada).
Jogador só vem se o dinheiro tiver na frente ou se o empresário assumir o ” risco “.
E assim estamos a décadas.
A Base e a SAF
O torcedor tanto cobra investimento na base, mas investir como, pagar como a essa base se os clubes paraibanos mal conseguem pagar ao time profissional.
Pra ser da base é necessário ter vínculo e pra ter vínculo tem o custo e esse custo vem de onde? Do sofrido profissional?
Hoje no Brasil quem mantém as bases dos clubes são os empresários em alguns clubes.
A Estrutura SAF
Pra se criar uma base é necessário ter o mínimo de uma estrutura básica
– Campos de treinamentos
– Centros de recuperações
– Alojamentos compatíveis
– Acomodações escolares
– Medicina continua
– Assistência social completa e permanente.
Nenhum clube paraibano tem isso nem no profissional e como vai ter na base ?
A SAF pode dar aos clubes essa oportunidade de ter.
A SAF, a base e o retorno.
A base de um clube empresa é a grande moeda do investimento.
É na base aonde estará o seu ” ativo,” garantido de retorno.
A SAF e o futebol profissional
Elevar o seu produto principal a prateleira mais alta possível é a meta de uma empresa .
Através das conquistas nas competições do profissional, a sua marca empresa obter patamar de retorno através de
– Cotas
– Conquistar novos investidores (patrocínios)
– Sócios torcedores.
As conquistas elevam as fontes possíveis de mais arrecadações através de
– Rendas nos estádios
– Vendas de souvenirs ( produtos diversos)
– Royaltes da marca (lojas e produtos)
Ou seja, uma SAF no futebol Paraibano será bem-vinda, porém com duas missões muito cruéis e difíceis.
1° Começarem do zero
Nossos clubes não tem nada de estrutura para um clube empresa.
2° Buscar a confiança do torcedor Paraibano que não acreditam mais (não aguentam mais) a mesmice de 116 anos de amadorismo.
O Preço e a SAF
Para o investidor é muito 250 milhões, para o torcedor apaixonado, seu clube vale muito mais que isso, porém não podemos esquecer que os nossos times
– Estão na prateleira de baixo do futebol brasileiro
– Não tem cotas concretas em NADA ( Todas ainda pra aventurar)
– Não tem base nenhuma construída
– Não tem a mínima estrutura necessária
– Não existe nem um quarto de sócio da marca permanente pra qualquer tipo de sustento
– Não existe se quer patrocinadores de temporadas e sim parceiros de despesas.
– Não tem ranking pra negociação nacional de transmissões
Não tem NADA DE ESTRUTURA profissional pra uma empresa assumir e ter retorno a curto prazo.
Com investimentos certos e pontuais, talvez, talvez e talvez a empresa possa ter a médio prazo (um, dois a três anos) ver alguma possibilidade de retomo do investido.
Por Gilson Lima