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O Brasil está prestes a receber um dos maiores investimentos da história no setor de celulose. A fabricante chilena de celulose e painéis de madeira Arauco anunciou recentemente a aprovação de um mega investimento para a construção de sua primeira fábrica de celulose no país.
O chamado “Projeto Sucuriú”, localizado no Mato Grosso do Sul, promete revolucionar o mercado e trazer um impacto significativo para a economia brasileira, tanto pela magnitude do investimento quanto pela quantidade de empregos que serão gerados. Com um investimento de R$ 25,12 bilhões, esta nova fábrica de celulose marca um marco importante para o setor industrial brasileiro. O projeto foi oficialmente anunciado pela controladora Copec na semana passada.
Com capacidade de produção anual estimada em 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada, a nova fábrica de celulose superará até mesmo a mais recente unidade da Suzano, que tem capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano. A fábrica será equipada com tecnologias fornecidas pela empresa finlandesa Valmet, conhecida por sua excelência em soluções industriais.
Este mega investimento da Arauco trará não só uma nova fábrica ao Brasil, mas também uma importante contribuição para o setor energético. A unidade irá gerar mais de 400 megawatts (MW) de eletricidade, dos quais 200 MW serão consumidos pela própria fábrica. O excedente, suficiente para abastecer uma cidade de mais de 800 mil habitantes, será integrado ao sistema elétrico nacional.
Impactos econômicos e sociais: geração de empregos e desenvolvimento regional
Um dos aspectos mais atraentes deste mega investimento é a geração de empregos. Estima-se que milhares de vagas serão criadas, tanto diretas quanto indiretas, durante a fase de construção e operação da nova fábrica de celulose. Mato Grosso do Sul, especialmente a região de Inocência, se beneficiará imensamente com o desenvolvimento econômico impulsionado por essa nova fábrica.
A localização estratégica da nova fábrica de celulose não foi escolhida ao acaso. A Arauco opera na região desde 2009, realizando manejo florestal e comercialização de madeira. O projeto foi pensado com base nas condições climáticas altamente favoráveis para o cultivo de eucalipto no estado, uma árvore essencial para a produção de celulose.
No Brasil, o eucalipto atinge o ponto ideal de corte em cerca de sete anos, o que representa metade do tempo necessário para o mesmo processo no Chile.
Além dos empregos gerados diretamente pela nova fábrica, o impacto do mega investimento da Arauco se estenderá por toda a cadeia produtiva, beneficiando desde trabalhadores do manejo florestal até fornecedores de materiais e serviços industriais. A economia local e regional terá um impulso significativo, com a expectativa de atração de novos investimentos e empresas para a região.
O Projeto Sucuriú está em fase de terraplanagem, e a previsão é de que as operações da nova fábrica de celulose comecem no último trimestre de 2027. No entanto, a empresa chilena alertou que o cronograma pode estar sujeito a mudanças, conforme o desenvolvimento do projeto avança.
A nova fábrica também destaca a importância de parcerias estratégicas para o sucesso do projeto. A Valmet, empresa finlandesa que fornecerá os equipamentos, é um dos principais players globais em tecnologia para indústrias de celulose e papel.
Com informações do Jornal do Agro