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Declaração surge em um momento em que os Estados Unidos e o Reino Unido estão discutindo a possibilidade de fornecer armas ao país vizinho à Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, fez um alerta ao Ocidente, afirmando que a Rússia poderia considerar o uso de armas nucleares em resposta a um ataque com mísseis convencionais. Ele enfatizou que qualquer agressão que contasse com o apoio de uma potência nuclear seria vista como um ataque conjunto, refletindo uma mudança significativa na doutrina nuclear do país. Essa declaração surge em um momento em que os Estados Unidos e o Reino Unido estão discutindo a possibilidade de fornecer armas ocidentais à Ucrânia para que ela possa atacar a Rússia. Putin também destacou que a Rússia se reserva o direito de empregar armas nucleares caso a Bielorrússia seja alvo de agressões.

A administração Biden, por sua vez, permitiu que a Ucrânia realizasse ataques transfronteiriços mais curtos, aumentando a capacidade do país de atingir alvos russos. Essa mudança na política americana pode ter repercussões significativas no cenário de segurança europeu. A nova versão da doutrina nuclear russa especifica que armas nucleares poderiam ser acionadas em resposta a um ataque aéreo em massa. Atualmente, estima-se que os Estados Unidos possuam cerca de 3,7 mil ogivas nucleares, enquanto a Rússia conta com aproximadamente 4,5 mil.

Esses números ressaltam a magnitude do arsenal nuclear de ambas as nações e a gravidade das ameaças feitas por Putin. Em fevereiro de 2023, a Rússia tomou a decisão de suspender unilateralmente o Tratado sobre Redução de Armas Estratégicas, conhecido como Novo Start, que estabelecia a troca de informações sobre forças nucleares entre os EUA e a Rússia.

Essa suspensão é um indicativo das crescentes tensões entre os dois países e do aumento dos gastos globais com armamentos nucleares, que subiram em US$ 10,8 bilhões em 2023 em comparação ao ano anterior.

C0m informações da AFP