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Segundo o Banco Central, maior parte dos apostadores, cerca de 70%, são chefes de família; levantamento só contabiliza os gastos feitos com Pix, o que sugere que os valores podem ser ainda mais elevados

Em agosto, os beneficiários do Bolsa Família destinaram R$ 3 bilhões para apostas esportivas online através do sistema de pagamento Pix. Esse montante representa 20% do total de recursos que o programa distribuiu no mesmo mês. Entre os 20 milhões de beneficiários, aproximadamente 5 milhões participaram de apostas, com um gasto médio de R$ 100 por pessoa. A maior parte dos apostadores, cerca de 70%, são chefes de família, que transferiram R$ 2 bilhões para as plataformas de apostas. Uma análise realizada pelo Banco Central não contabiliza os gastos feitos por outros métodos de pagamento, o que sugere que os valores podem ser ainda mais elevados. Especialistas alertam que a prática de apostas pode levar a perdas financeiras frequentes, impactando negativamente o orçamento das famílias, especialmente aquelas de menor renda. Durante o período analisado, cerca de 17% dos beneficiários do Bolsa Família se envolveram em apostas.

O programa Bolsa Família repassou R$ 14,1 bilhões em agosto, resultando em um valor médio de R$ 681,09 por família. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou uma deterioração na inadimplência, que pode estar ligada ao aumento da popularidade das apostas. Em resposta a essa situação, o senador Omar Aziz pediu uma investigação do Banco Central e acionou a Procuradoria Geral da República para regulamentar esses sites. Além disso, aproximadamente 24 milhões de pessoas participaram de jogos de azar em agosto, com a maioria dos apostadores na faixa etária de 20 a 30 anos. O gasto médio mensal tende a aumentar com a idade, podendo ultrapassar R$ 3.000 entre aqueles com mais de 60 anos. O Banco Central ressalta que os dados apresentados são preliminares e que a categorização das empresas de apostas é uma tarefa complexa.

Com informações da Jovem Pan