Maduro acusa WhatsApp de espionagem na Venezuela

Em uma reunião com o alto comando militar em Caracas, Maduro afirmou que a plataforma foi usada em uma ‘operação de terrorismo psicológico’ após as eleições de 28 de julho

O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (26) que o WhatsApp fez um “trabalho de espionagem” em meio à crise pós-eleitoral no país. Em uma reunião com o alto comando militar em Caracas, Maduro afirmou que a plataforma foi usada em uma “operação de terrorismo psicológico” após as eleições de 28 de julho. “Eles usaram mecanismos como o WhatsApp, vocês sabem disso, o WhatsApp deu (à oposição) um trabalho de espionagem que vocês certamente terão estudado”, disse. “É preciso estudar o trabalho de espionagem que o WhatsApp fez, espionagem entre o povo”, complementou.

Os protestos que eclodiram após as eleições resultaram em uma tragédia, com 27 mortos e cerca de 200 feridos. Em resposta a essa situação, Maduro fez um apelo para que a população boicotasse o WhatsApp, optando por utilizar aplicativos alternativos, como o Telegram, para se comunicar.

O presidente inclusive retirou o aplicativo de seu celular durante um programa transmitido pela televisão estatal. A crise política na Venezuela continua a se intensificar, com a oposição buscando formas de contestar a legitimidade do governo de Maduro.