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O contra-ataque também frustrou os planos russos de atacar perto de Makiivka, quatro quilômetros ao sul da região

 

Genya Savilov/AFPMilitares ucranianos das Forças de Assalto Aéreo se preparam para disparar um obuseiro autopropulsado Caesar 8×8 de 155 mm com rodas em uma linha de frente em um local não revelado, no sul da Ucrânia, em 14 de fevereiro de 2024, em meio à invasão russa da Ucrânia.

Um contra-ataque que infligiu pesadas perdas às tropas russas permitiu ao Exército da Ucrânia avançar dois quilômetros em território controlado pela Rússia na região de Lugansk, segundo informou nesta sexta-feira (23) o serviço de imprensa da 3ª Brigada de Assalto, responsável por essa ação militar. Em um contra-ataque surpresa, a 3ª Brigada de Assalto ucraniana assumiu a responsabilidade pela destruição de dezenas de peças de equipamento militar e pela neutralização de mais de 300 soldados russos — mortos ou feridos — durante sua ação, que ocorreu perto de Novovodyane, na fronteira entre as regiões de Kharkiv e Lugansk, disse o porta-voz militar Olekandr Borodin à emissora pública “Suspline”.

A brigada capturou múltiplas posições russas e avançou cerca de dois quilômetros em território controlado pelas tropas russas, segundo garantiu essa unidade militar em um relato na sua conta no Telegram, onde também publicou um pequeno vídeo da ação. O ataque durou quatro dias e terminou em 15 de agosto, e os detalhes foram mantidos em segredo até agora por “razões de segurança”. “A principal tarefa da operação foi interromper o potencial ofensivo do 20º Exército da Federação Russa. A partir de agora, esta tarefa foi concluída”, declarou o comandante da brigada, coronel Andri Biletski.

O contra-ataque também frustrou os planos russos de atacar perto de Makiivka, quatro quilômetros ao sul, disse Borodin. “O inimigo estava formando grupos de assalto, acumulando forças e meios ali. Acho que esses planos não são mais relevantes para eles”, enfatizou Biletski. “A singularidade da operação foi que atacamos o inimigo, esmagador em números, e vencemos”, acrescentou. Segundo Biletski, a proporção de forças no campo de batalha era de 2,5 para 1 a favor da Rússia, mas “planejamento detalhado, decisões originais e trabalho coordenado de artilharia, defesa aérea, drones e forças de reconhecimento” garantiram o sucesso do ataque.

Atualmente, a situação na área é “estável”, apesar das contínuas tentativas russas de recuperar o território perdido, segundo Borodin. A Rússia ainda possui grandes reservas na área, especialmente de infantaria, artilharia e drones FPV, detalhou o porta-voz, ressaltando que agora, no entanto, é provável que sua eficácia diminua agora que seus planos e sua logística foram perturbados pelo contra-ataque.

*Com informações da EFE