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‘A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, europeus, governos rebaixados da América Latina’, disse Ortega
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, criticou, nesta segunda-feira (26), seus pares brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e colombiano, Gustavo Petro, por suas posições sobre a polêmica eleição presidencial na Venezuela. “A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, dos europeus, dos governos rebaixados da América Latina”, disse Ortega durante uma cúpula virtual de chefes de Estado e governo do ALBA-TCP.
“Você também está se rebaixando, Lula!”, disse Ortega. “Lula, se você quiser que o povo bolivariano o respeite, respeita a vitória do presidente Nicolás Maduro, e não fique ali, como um rebaixado”, acrescentou Ortega, que também questionou seu homólogo colombiano. “A Petro, o que posso dizer a Petro? Pobre Petro, pobre Petro, eu vejo Petro competindo com Lula para ver quem vai ser o líder para representar os ianques na América Latina, é assim que vejo Petro, porque o pobre Petro não tem a força que tem o Brasil […], o gigante da América Latina”, acrescentou Ortega.
Maduro foi proclamado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 52% dos votos, embora, quase um mês após a votação, a entidade siga sem publicar a apuração detalhada seção por seção, alegando ter sofrido um “ciberataque terrorista”. Por sua vez, a oposição, liderada por María Corina Machado, garante ter provas de que houve fraude e que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu o pleito.
Após a publicação dos resultados da votação pelo CNE, de viés chavista, houve protestos que deixaram 27 mortos, dois deles militares, além de 200 feridos e cerca de 2.400 detidos, que são tachados por Maduro de “terroristas”. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, chancelou na quinta-feira, 22 de agosto, os resultados do CNE, após aceitar um recurso apresentado por Maduro para “certificar” as eleições e acusou González Urrutia, alvo de uma investigação penal, de “desacato”.
*Com informações da AFP