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Reunião está marcada para esta sexta-feira (16)

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizará nesta sexta-feira (16) uma reunião extraordinária para analisar um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela, em plena crise desde a reeleição de Nicolás Maduro como presidente nas questionadas eleições de 28 de julho.

A reunião está marcada para as 17h de Brasília na sede da OEA em Washington a pedido dos Estados Unidos, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira (15) pela organização.

O projeto de resolução pede ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano que publique “rapidamente as atas com os resultados da votação das eleições presidenciais a nível de cada seção eleitoral” e permita “uma verificação imparcial dos resultados”.

O documento apresentado pelos Estados Unidos perante a OEA também recebeu apoio de Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Após reconhecer “relatos de violações de direitos humanos” relacionados às eleições venezuelanas, o texto pede ao governo Maduro que respeite “o direito a se reunir pacificamente” sem represálias, “a não ser submetido a detenções nem encarceramentos arbitrários” e a ter um “julgamento imparcial”.

Também solicita às autoridades locais que “protejam as instalações diplomáticas e o pessoal residente em território venezuelano” e afirma o compromisso da organização americana de “permanecer atenta à situação” na Venezuela.

A comunidade internacional exige a publicação das atas eleitorais desde que o CNE proclamou a vitória de Maduro diante do candidato opositor, Edmundo González Urrutia, na noite do dia da eleição.

Os Estados Unidos afirmam, assim como a oposição venezuelana, que González Urrutia foi o vencedor das presidenciais.

A crise eleitoral causou protestos nos quais foram registradas 25 mortes e mais de 2.400 pessoas detidas.

O Conselho Permanente da OEA já havia se reunido há 15 dias para estudar uma resolução pedindo transparência ao governo Maduro. O texto foi rejeitado ao não obter a maioria dos votos dos 34 países-membros.

Entre os votos contrários estavam Brasil e Colômbia, que hoje sugeriram a repetição do pleito na Venezuela.

Com informações da Folhape