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Conversas foram retomadas em Doha, capital do Catar, após forte pressão dos países mediadores para encerrar um conflito com potencial crescente de incendiar todo o Oriente Médio

As negociações indiretas para uma trégua entre Israel e Hamas em Gaza tiveram uma “retomada promissora” nesta quinta-feira (15), asseguraram os Estados Unidos, que atuam como mediadores ao lado de Egito e Catar para pôr fim a um conflito que já dura mais de 10 meses. As conversas foram retomadas em Doha, capital do Catar, após forte pressão dos países mediadores para encerrar um conflito com potencial crescente de incendiar todo o Oriente Médio. “Hoje tivemos uma retomada promissora”, declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, acrescentando que as negociações prosseguirão na sexta-feira (16). “Os obstáculos que ainda persistem podem ser superados, para poder concluir esse processo”, destacou.

As negociações se baseiam em um plano de três fases anunciado em 31 de maio pelo presidente americano Joe Biden. A primeira fase prevê uma trégua de seis semanas e uma retirada israelense das áreas densamente povoadas de Gaza, bem como a troca de reféns feitos capturado Hamas por presos palestinos detidos em Israel. Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, desencadeado por uma incursão brutal de milicianos islamistas do Hamas no sul de Israel, os dois lados pactuaram uma trégua apenas, no final de novembro, durante a qual trocaram dezenas de reféns sequestrados em Israel por centenas de presos palestinos.

As negociações são celebradas na presença do diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), William Burns. Também participam delas os chefes do Mossad – o serviço de inteligência israelense – e do Shin Bet – a agência de segurança interna – , segundo o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Osama Hamdan, um responsável do Hamas, declarou que o movimento não participou da reunião desta quinta, mas que estava disposto a se juntar às negociações se estas resultarem em novos compromissos por parte de Israel.

*Com informações da AFP