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Sandro Gozi, secretário do Partido Democrático Europeu, chamou a atenção ao afirmar que, ‘se Musk não cumprir as nossas leis, a União vai fechar o X na Europa’
O bilionário americano Elon Musk, dono da rede social X e que anunciou no sábado (17) o fechamento de escritório da plataforma no Brasil, tem se notabilizado pelos embates com a Justiça brasileira, mas as polêmicas se acumulam também em outros países pelo mundo. Ao anunciar o fim das operações em solo brasileiro, o magnata compartilhou a nota, antes de comparar o ministro Alexandre de Moraes ao vilão Voldemort, da série Harry Potter. Não foi a primeira vez que o empresário fez a comparação contra o desafeto brasileiro. Contudo, o Brasil não é o único país em que Musk tem assumido embates da direita. Nos últimos anos ele tem se juntado a militantes da direita contra adversários em diversos países, em especial no país onde reside, os Estados Unidos. Na semana passada, o empresário fez uma entrevista pública, no espaço para conversas em áudio no X, de mais de duas horas com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, numa tentativa de ampliar seu alcance na corrida eleitoral. O encontro marcou o retorno de Trump à plataforma, da qual havia sido banido após a invasão do Capitólio.
Em julho, o bilionário foi criticado por compartilhar em sua própria plataforma um deepfake, vídeo manipulado com inteligência artificial, em que Harris insultava Biden. Nesta semana, o eurodeputado Sandro Gozi, secretário do Partido Democrático Europeu, chamou a atenção ao afirmar que, “se Musk não cumprir as nossas leis, a União vai fechar o X na Europa”. Também escreveu que a “violência online sempre leva à violência offline”, que a “direita esconde sua violência por trás da liberdade de expressão” e que as plataformas digitais devem moderar conteúdo de ódio.
Em abril, Musk acusou a Austrália de censura depois que um juiz australiano determinou que sua plataforma deveria bloquear o acesso dos usuários de todo o mundo ao vídeo de um bispo sendo esfaqueado em uma igreja de Sydney. O primeiro-ministro Anthony Albanese chegou a chamar Musk, após a resistência em cumprir a determinação judicial, de um “bilionário arrogante” que se considerava acima da lei e estava fora de contato com o público.
*Com informações do Estadão Conteúdo