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Após a primeira inspeção da usina, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou para a possibilidade de um segundo Chernobyl, cenário em 1986 da maior catástrofe nuclear da história
O Kremlin acusou a Ucrânia nesta quarta-feira (28) de instigar o “risco nuclear” ao atacar a central russa de Kursk, ameaçada desde a incursão ucraniana iniciada há três semanas na região fronteiriça homônima, algo que Kiev nega categoricamente. “A culpa da parte ucraniana em instigar o risco nuclear é mais do que evidente”, afirmou hoje Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, durante sua coletiva de imprensa telefônica diária. Peskov destacou que na terça-feira o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, pôde ver com seus próprios olhos “os resultados dos ataques de drones contra a usina” e avaliar o “perigo” que estes poderiam representar para a central.
“Por razões óbvias, a AIEA apela à sua falta de competências para apontar os culpados destes ataques, mas é algo tão óbvio”, comentou. A Guarda Nacional da Rússia informou a descoberta de fragmentos de um míssil ucraniano HIMARS a cerca de cinco quilômetros da central, localizada a 70 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Segundo informou a corporação Rosenergoatom, a usina está operando normalmente. Após a primeira inspeção da usina, Grossi alertou na terça-feira para a possibilidade de um segundo Chernobyl, cenário em 1986 da maior catástrofe nuclear da história.
Tudo isso torna a zona ativa do reator “frágil” e “extremamente exposta” a “um ataque de artilharia ou drone”, advertiu. Grossi anunciou também que se reunirá em breve em Kiev com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, cujo governo negou que pretenda atacar ou assumir o controle da central de Kursk.
*Com informações da EFE