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Última oferta inclui a possibilidade de um cessar-fogo permanente apenas em uma ‘segunda fase’, em condições que seriam negociadas posteriormente; Israel teria aval de seguir operando militarmente na região

O grupo terrorista Hamas qualificou, nesta terça-feira (20), como um “golpe de Estado” a mais recente proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que segundo os Estados Unidos foi aceita por Israel, por considerar que não inclui duas das suas principais exigências anteriormente apresentadas: um cessar-fogo integral no enclave e a retirada do Exército israelense. “O que foi recentemente apresentado ao movimento constitui um golpe de Estado contra o que as partes alcançaram em 2 de julho, com base na própria declaração de Biden de 31 de maio e na Resolução 2.735 do Conselho de Segurança de 11 de junho”, afirmou hoje o grupo islâmico em um comunicado, alegando ainda que a proposta é “uma resposta e aquiescência americana às novas condições do terrorista Netanyahu“.

De acordo com vazamentos divulgados pela imprensa, a última proposta inclui a possibilidade de um cessar-fogo permanente apenas em uma segunda fase, em condições que seriam negociadas uma vez concluída a primeira fase do acordo, e permite a Israel retomar suas “operações militares” se o Hamas não cumprisse as exigências israelenses. O texto também não inclui uma retirada integral das tropas israelenses da Faixa de Gaza, segundo o Hamas. Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou em Tel Aviv que Netanyahu aceitou a última proposta de acordo e instou o Hamas a fazer o mesmo. Blinken afirmou ter tido uma “reunião muito construtiva” com Netanyahu, que confirmou que “Israel aceita a proposta de transição” apresentada pelos Estados Unidos na semana passada nas negociações em Doha. “O próximo passo é o Hamas dizer sim”, destacou Blinken. “Estão sendo feitos esforços para libertar o máximo número de reféns vivos na primeira fase da transação”, disse Netanyahu ontem após a reunião.

*Com informações da EFE