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A Presidência da República sancionou a Lei (Lei 14.942) que institui o programa Banco Vermelho. A medida determina a instalação de bancos pintados de vermelho em locais públicos.
Esses assentos terão mensagens de incentivo à reflexão e informações sobre canais de suporte e denúncia, como o Ligue 180.
O projeto que dá origem à norma é da deputada federal Maria Arraes (SD-PE), do Solidariedade de Pernambuco. A parlamentar argumenta que o combate à violência contra a mulher precisa de uma comunicação assertiva.
Maria Arraes afirma que os bancos são uma forma de levar o debate para o dia a dia da população.
“Porque o combate à violência contra a mulher passa principalmente pela informação. E eu acredito que o banco tem esse objetivo de informar, de alertar, de trazer conhecimento para as mulheres.”
A ação é inspirada no Instituto Banco Vermelho, de Recife. A presidente da organização, Andrea Rodrigues, conta que o objetivo dos bancos é ser um ponto de apoio às mulheres.
Ela conta que viu uma iniciativa parecida na Espanha. Andrea Rodrigues frisa que o sentimento de conforto ao ver esse banco a fez trazer a ideia para o Brasil.
“Quando eu me aproximei desse banco existia uma frase que falava ‘Em memória de todas aquelas que foram assassinadas por quem deveria amá-las. Sente e reflita, levante e aja’ e vários canais de ajuda para essa mulher. Eu passei duas horas e meia sentada nele, porque eu não poderia me imaginar levantar dali sem agir.”
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio em 2023. Esse é o maior número registrado desde 2015, ano em que foi criada a lei contra o feminicídio (Lei 13.104/2015).
Com informações da Rádio Câmara, de Brasília, João Gabriel Freitas