Foto: Reprodução/Internet
A operação realizada pelo Estado judeu contou com o apoio da Polícia de Fronteira de Israel e do serviço interno de inteligência, o Shin Bet
O Exército de Israel matou, nesta quinta-feira (29), na Cisjordânia ocupada o líder da brigada Tulkarem da Jihad Islâmica Palestina, Mohammed Jaber ‘Abu Shujaa’, e outros quatro terroristas em uma troca de tiros quando encontraram-se refugiados em uma mesquita, segundo um comunicado militar. Jaber “esteve envolvido em numerosos ataques terroristas, incluindo o tiroteio em que o cidadão israelense Amnom Muchtar foi assassinado em junho”, disseram os militares. No total, já há ao menos 70 palestinos que perderam a vida devido ao fogo israelense (a maioria por disparos do Exército e ao menos um por colonos) em agosto, o mês mais violento deste ano na Cisjordânia.
A agência de notícias palestina “Wafa” também noticiou a morte durante a operação israelense de Majed Majed Daoud, de 21 anos, embora ainda não tenha sido especificado se ele era um dos soldados que estavam na mesquita com ‘Abu Shujaa’. “Uma força especial israelense que se infiltrou no acampamento raptou o jovem Mohammed Qassas, depois de o ferir, alegando que era procurado”, acrescentou Wafa. Canais de transmissão palestinos informam que a prisão de Qassas foi realizada por militares que se infiltraram na cidade vestidos como civis.
Somando-se às cinco mortes na cidade está Firas Bassam Alqama, 35 anos, cuja morte em Jenin pelas mãos das forças armadas foi relatada esta manhã pelo Ministério da Saúde palestino. O Exército israelense vem realizando desde a semana passada ataques constantes em Tulkarem, um dos redutos das milícias palestinas próximo de Jenin, e no acampamento de refugiados vizinho, Nur Shams. No entanto, as operações se intensificaram há pouco mais de 24 horas, em um ataque em grande escala em Jenin, Tubas e Tulkarem, que ceifou 11 vidas na quarta-feira. Estes novos ataques coincidem com um apelo do Ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, para evacuar temporariamente a população palestina da Cisjordânia, alegando que se trata de uma medida necessária para combater a presença de grupos armados no território ocupado.
*Com informações da EFE