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Competição começa na próxima semana e vai até o dia 8 de agosto; mais de 170 países disputarão a competição

Faltando menos de uma semana para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a maior festa do esporte internacional pode ser ofuscada por um cenário geopolítico delicado. Especialistas e historiadores consideram que esta edição é a mais afetada por conflitos desde Los Angeles, em 1984, quando a ex-União Soviética boicotou a competição. Desde sempre, as Olimpíadas são vistas como palco para manifestações políticas, como em Berlim, 1936, no auge do regime nazista, e em 1968, na Cidade do México, com a manifestação dos atletas americanos em apoio ao movimento Black Power. Os Jogos de Paris ocorrem em meio a duas grandes guerras: a invasão russa na Ucrânia e o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. A situação no leste europeu levou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a excluir as delegações da Rússia e de Belarus, permitindo a participação de atletas sob bandeira neutra, mas em número reduzido. Em Tóquio, 2021, 330 russos e 104 bielorrussos competiram, enquanto em Paris, os dois países somados devem ter menos de 50 esportistas.

Mesmo com todas as precauções, o clima de tensão deve persistir, sem a possibilidade da trégua olímpica. A expectativa é que, apesar dos desafios, os Jogos Olímpicos de Paris consigam manter o espírito esportivo e a união entre os povos, mesmo em tempos de adversidade. A comunidade internacional aguarda ansiosamente para ver como o evento se desenrolará em meio a um cenário tão complexo e desafiador.
Com informações da AFP