O pedigree é realmente importante, o que enfatiza a importância de compreender os fatos que contribuem para essa inadimplência, bem como as medidas tomadas para mitigá-la.
Um levantamento sobre o endividamento dos brasileiros mostrou que a inadimplência no ano passado foi maior quando se tratava de cartões de crédito. Esse foi o principal crédito para 60% dos devedores pessoa física, implicando um aumento de 56% em relação a 2022 e de 49% em relação a 2021.
O crescimento contínuo do endividamento mostra que o cartão de crédito não está sendo usado com sabedoria, uma tendência bastante preocupante. Afinal, juros altos estão associados a esse produto financeiro.
As altas taxas de juros do cartão de crédito superaram 400% em 2023, o que contribuiu significativamente para o aumento do endividamento. Isso porque, quando a conta não é paga devido a juros impraticáveis, muitos brasileiros acabam entrando na chamada “bola de neve”.
Isso acaba prejudicando as finanças pessoais, além de ter efeitos negativos significativos em toda a economia nacional. É assim que a inadimplência aumenta e se torna difícil restaurar a saúde do dinheiro.
Nova lei surge para brasileiros se livrarem de dívidas de cartão de crédito
À medida que o índice da dívida subia, o governo se ofereceu para reagir implementando a nova lei do cartão de crédito. Ela entrou em vigor em janeiro de 2024 após ser aprovada, em 2023, pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
O principal objetivo da nova lei é reduzir os juros renováveis dos cartões de crédito. Esse método é executado automaticamente quando a fatura é paga com atraso ou não paga integralmente.
Com essa legislação, os juros cobrados no cartão ficam limitados a 100% da dívida. Ou seja, os juros e taxas não devem ultrapassar o total da fatura.
Vamos a um exemplo prático: se um indivíduo tem uma dívida de R$ 1.000 no cartão de crédito, o total, incluindo taxas e juros, chegará a R$ 2.000.
Essa restrição visa evitar que o endividamento cresça de forma descontrolada, proporcionando alívio significativo ao consumidor altamente endividado, além de potencialmente reduzir o índice de inadimplência. A implementação dessa legislação é uma medida essencial para aliviar os recursos financeiros dos brasileiros e incentivar o uso mais responsável do crédito.
Ao reduzir as taxas de juros, o governo brasileiro busca oferecer taxas mais justas para o uso de cartões de crédito. Assim, incentivará pagamentos em dia, evitando o acúmulo de dívidas em excesso.
Alternativa à transferência de dívida
Além dessa nova lei, os consumidores brasileiros também podem aproveitar a possibilidade de transferência de dívidas, que está disponível desde o início de 2024. O fornecedor proporciona ao consumidor a transferência de dívidas de uma empresa para outra, em busca das melhores condições de pagamento, além de taxas de juros e taxas mais atrativas.
Com a possibilidade de transferência de dívida, há uma espécie de “competição” interbancária saudável. Dessa forma, o benefício vai para os clientes que escolherem as ofertas mais vantajosas.
Para fazer a portabilidade, o consumidor deve comparar as taxas de juros, bem como as condições oferecidas por diferentes bancos. Se você encontrar a oferta mais vantajosa, poderá transferir suas dívidas para uma nova instituição. Assim, mesmo que você opte por permanecer na organização original, a oportunidade de fazer mais propostas facilita melhores negociações.
Mas é importante ressaltar que a possibilidade de transferência de dívida deve ser totalmente gratuita. Isso elimina barreiras para o consumidor que busca as melhores condições financeiras. A possibilidade de transferência de dívidas, bem como a nova legislação dos cartões de crédito, representam um passo importante para a melhoria da saúde financeira dos cidadãos.
Ao introduzir mecanismos que diminuam as taxas de juros e facilitem a gestão da dívida, essas medidas ajudarão a reduzir a inadimplência. Por conseguinte, promoverá um ambiente econômico mais justo e estável.