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Continente europeu tem contado com o apoio dos EUA, que é atualmente o principal fornecedor de armas à Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo na Alemanha, nesta segunda-feira (27), para que se tenha uma Europa mais forte e soberana como garantia da paz, prosperidade e democracia, em um momento que o velho continente atravessa “um momento sem precedentes na sua história” e, diante da ameaça russa, deve pensar na sua própria “defesa e segurança”, alertou o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (27), durante uma visita à Alemanha. “Não mudaremos a geografia com a Rússia, que hoje ameaça a nossa segurança e atacou a Ucrânia”, declarou Macron. “A paz não será a capitulação da Ucrânia, mas o que a Ucrânia decidir por si mesma”, afirmou. “Defenderemos a Ucrânia enquanto for necessário e com a intensidade necessária”, acrescentou.

O continente europeu tem contado nos últimos anos com o apoio dos Estados Unidos, que é atualmente o principal fornecedor de armas à Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022. “A Rússia atacou a Ucrânia e poderá, teoricamente, estar aqui amanhã ou depois de amanhã”, disse, sublinhando que o desafio a se enfrentar nos próximos anos é “o que deveria ser a segurança europeia”. “Já nos próximos meses precisamos definir quais são os riscos e perigos. E de onde eles vêm: da Rússia, do Irã, da China?”, questionou. “Nós, europeus, queremos uma paz duradoura, isto é, uma paz que os ucranianos – porque teremos permitido que se defendam – terão escolhido e negociado”, continuou destacando que não haverá uma “capitulação”, ou seja, um acordo entre Kiev e Moscou pelo fim da guerra.

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou a uma Europa forte e soberana como garantia da paz, da prosperidade e da democracia. Em discurso na cidade alemã de Dresden, o líder afirmou que a guerra voltou à Europa após a agressão da Ucrânia pela Rússia, e que isso ameaça a paz no continente. Durante a visita, Macron também alertou para os perigos da extrema direita, que tem a expectativa de alcançar bons resultados nas eleições europeias. Na França, o partido de extrema direita Rassemblement National (RN, Reagrupamento Nacional) lidera as intenções de voto para o pleito, que vai ocorrer de 6 a 9 de junho.

A Alemanha, por sua vez, enfrenta um fortalecimento do partido de extrema direita AfD, que as pesquisas colocam à frente das três siglas da coligação do chanceler Olaf Scholz. “Vamos olhar ao nosso redor para o fascínio pelos regimes autoritários, vamos olhar ao nosso redor para o momento antiliberal que vivemos”, declarou. “A extrema direita, este vento maligno que sopra na Europa, é uma realidade, então vamos acordar”, encorajou.

*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo