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Centros de recrutamento militar observaram aumento de voluntários no período posterior ao ataque contra o Crocus City Hall, reivindicado pelo Estado Islâmico

Ministério da Defesa da Rússia indicou, nesta quarta-feira (3), que 16 mil novos recrutas se alistaram em centros de recrutamento militar nas últimas semanas, desde o atentado terrorista contra uma casa de shows no mês passado, em um subúrbio de Moscou. O ataque, que deixou 144 mortos e dezenas de feridos, foi reivindicado pelo Estado Islâmico — mas autoridades russas insistem em vinculá-lo à Ucrânia. Kiev nega.

“[Os centros de recrutamento] registraram uma alta significativa do número de pessoas que querem assinar contrato (…) na última semana em meia”, afirmou o Ministério em um comunicado publicado pelo Telegram, referindo-se ao intervalo de tempo que corresponde à data do ataque contra o Crocus City Hall. “No total, 16 mil cidadãos assinaram contratos para participar da operação militar especial [termo que o Kremlin utiliza para a ofensiva na Ucrânia] nos últimos 10 dias”.

Embora o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado a autoria do ataque mais mortal na Rússia nas últimas décadas, as autoridades russas, especialmente o presidente Vladimir Putin, insistem em vincular o ataque à Ucrânia. Kiev nega as acusações e países ocidentais dizem ter informações de inteligência que apontam para a responsabilidade do grupo terrorista.

A campanha de recrutamento não para nas redes sociais e também com cartazes nas ruas, prometendo condições atrativas para os futuros soldados. No final de dezembro, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, estabeleceu o objetivo de “aumentar o número de militares com contrato” em 745 mil pessoas até ao final de 2024, para atingir um total de 1,5 milhão de soldados.

A defesa do parlamentar nega as alegações, argumentando que não houve gastos excessivos. Além disso, sustenta que as despesas feitas entre novembro de 2021 e o início de junho de 2022 não deveriam ser consideradas, pois o pré-candidato tinha aspirações políticas diferentes na época. Em dezembro do ano passado, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do senador. Se o TRE-PR condenar Moro, ele ainda pode recorrer da decisão no TSE.

Com informações da Folha PE