O Padre Egídio de Carvalho Neto poderá sair do presídio especial e passar a responder processo em prisão domiciliar. Ele é acusado de desviar milhões de reais do Hospital Padre Zé, instituição que dirigiu. Caso isso ocorra, o que será decidido pela justiça, Egídio deverá usar tornozeleira eletrônica.
No último sábado (13), o padre foi levado a um hospital particular, após passar mal, onde continua internado. De acordo com boletim médico, Egídio passou por uma laparotomia.
Gaeco
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) emitiu parecer favorável a um pedido da defesa do religioso para que o mesmo pudesse responder aos processos relativos ao caso Padre Zé fora do presídio especial do bairro Valentina Figueiredo.
Segundo o Gaeco, “é possível verificar a existência de um quadro de saúde que merece cuidados além daqueles possíveis de serem prestados dentro da unidade prisional onde o acusado se encontra recolhido”.
O caso
A prisão de Padre Egídio ocorreu após operação do Gaeco, em 17 de novembro de 2023. Denominada ‘Indignus’, a ação foi realizada de forma conjunta entre o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado –(Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), a Polícia Militar da Paraíba e a Polícia Civil da Paraíba.
A operação teve como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Segundo as investigações, há indícios de desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
Ao longo de pouco mais de 10 anos, os desvios no Hospital Padre Zé e na ASA teriam chegado a mais de R$ 140 milhões, conforme aponta até o momento as investigações da força-tarefa.
O suposto esquema montado pelo padre Egídio teria bancado desde vinhos caros a imóveis de luxo, na Orla de João Pessoa.
Com informações do www.valternogueira.com.br