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Derrick Todd exigia que vítimas fossem as suas consultas sem acompanhante, repetia exames íntimos e os apalpava
Mais de 200 pacientes homens, mulheres e idosos denunciam abuso sexual contra um médico reumatologista do Brigham and Women, um hospital de referência mundial, localizado em Boston, nos Estados Unidos.
A investigação começou em uma sindicância interna quando o hospital, em abril de 2023, recebeu duas denúncias anônimas sobre Derrick Todd, que afirmaram que o médico não poderia realizar exames delicados sem a presença de um acompanhante.
A americana Kristin Fritz, de 37 anos, acreditava realizar mais uma consulta de rotina com o médico, mas a medida que ele começou a apalpar seus seios de forma agressiva a ponto de Todd “parecer gostar um pouco demais disso”, nas palavras dela, o comportamento acendeu um alerta.
O hospital entrou em contato com para consultar o comportamento de Derrick e foi assim que Kristin descobriu que não estava sozinha. Em seguida, ela se juntou a um processo criminal contra o médico que tramita Tribunal Superior de Suffolk, em Massachusetts.
A ação, que conta com vítimas abusadas pelo médico desde 2010, também acusa Todd de realizar terapias desnecessárias no assoalho pélvico, exames de mama, testiculares e retais nos pacientes.
O processo também acusa outros funcionários do hospital, incluindo o Brigham e Charles Rival Medical Associates, outra associação que o Todd trabalhou, de saber do abuso e não o impedir.
Hospital Brigham and women’, em Boston
Apesar de ser especializado em reumatologia, que envolve o tratamento de doenças inflamatórias dos músculos, articulações e ossos, ele estreitou sua carreira na área da ginecologia e urologia.
Uma das vítimas, que não quis se identificar, contou que o médico era seu principal ginecologista e que ele repetia diversos exames vaginais, comentando do seu corpo, exigindo que ficasse nua e que ficasse desacompanhada em seus exames.
Derrick Todd foi colocado em licença administrativa e demitido pelo hospital Brigham, em maio do ano passado. Em setembro, o médico chegou a um acordo voluntário com o Conselho de Medicina americano para interromper o exercício da profissão.
Além disso, segundo um jornal americano, Todd também está sendo investigado pelo Ministério Público do condado de Suffolk.
Anthony Abeln, advogado do acusado, afirmou que não vai se posicionar sobre o assunto para a imprensa, mas “defenderá seu cliente a medida que o caso avanço no sitema do Tribunal Superior de Massachusetts”.
*Com informações da Associated Press