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Comentários estão entre os mais críticos direcionados pelo presidente norte-americano ao premiê israelense em meio às tensões crescentes pelo número de civis mortos na guerra no Oriente Médio

Em mais uma discordância de Israel, o presidente dos Estados UnidosJoe Biden, afirmou nesta terça-feira (9) que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está comentando um ‘erro’ em Gaza e fez um apelo urgente para que Israel aceite um cessar-fogo. “Acredito que o que ele está fazendo é um erro. Não concordo com sua abordagem”, disse Biden à emissora Univisión, ao ser questionado sobre como Netanyahu está lidando com o conflito no território palestino. O presidente voltou a qualificar de “repugnante” o ataque israelense da semana passada em Gaza, no qual morreram sete trabalhadores humanitários da ONG americana World Central Kitchen, do chef espanhol José Andrés. O ataque motivou um telefonema tenso com Netanyahu.

“Assim, peço simplesmente que os israelenses convoquem um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas o acesso total de todos os alimentos e medicamentos que entrem” em Gaza, acrescentou o presidente americano. Estes comentários estão entre os mais críticos direcionados por Biden a Netanyahu em meio às tensões crescentes pelo número de civis mortos na guerra de Israel contra o grupo islamista Hamas e as duras condições humanitárias em Gaza.

Biden intensificou a pressão sobre Israel para que permita a entrada de mais ajuda, ao afirmar, ainda, ter falado com a Arábia Saudita, a Jordânia e o Egito e que estes países estão “preparados para fazer entrar os alimentos”. “Não há desculpa para não atender às necessidades médicas e alimentares dessas pessoas. É preciso fazê-lo já”, acrescentou. O conflito começou em 7 de outubro com o ataque dos combatentes islamistas do Hamas no sul de Israel, que deixou 1.170 mortos, a maioria civis, segundo números israelenses. Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva que deixou 33.360 mortos na Faixa de Gaza, em sua maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas.

Com informações da AFP