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Até o final do mês, 15 mil serão demitidos; decisão faz parte do plano do ultraliberal para diminuir a máquina pública e alcançar o equilíbrio fiscal
O presidente da Argentina Javier Milei afirmou que vai demitir 70 mil servidores públicos. Nesta quarta-feira (27), o seu porta-voz, Manuel Adorni, confirmou que 15 mil serão cortados no dia 31 deste mês, e que o restante das demissões está em discussão. O porta-voz enfatizou que o governo optou por não renovar alguns dos contratos que se encerram no final de março.
Os demais serão renovados por mais seis meses, e uma nova auditoria será feita no término deste prazo para analisar novas demissões, que fazem parte do plano de Milei de diminuir a máquina pública e alcançar o equilíbrio fiscal.
O plano, que foi a principal plataforma política do argentino durante as eleições presidenciais do ano passado, inclui:
Paralisação de obras públicas;
Corte de financiamentos a províncias;
Fim de 200 mil planos de seguridade social, implementadas em pouco mais de 100 dias de governo.
O porta-voz de Milei afirmou que os cortes serão “mais lentos do que gostaríamos” por causa da complexidade da máquina estatal. “São questões sensíveis porque por trás há locais de trabalho e atendimento às pessoas”, disse. “O objetivo é chegar ao adequado. Se for 70 mil, que seja 70 mil, se for 15 mil, que fique em 15 mil. Precisamos ser extremamente cirúrgicos no trabalho para não cometer erros”, acrescentou. Adorni também afirmou que as demissões não incluem servidores de empresas públicas ou de programas sociais. Milei disse em mais de uma ocasião que o governo havia demitido 50 mil servidores, mas autoridades confirmam que os cortes ficaram entre 5 e 7 mil em dezembro, no primeiro mês do argentino na presidência.
Com informações da AFP