Exportação de algodão bate recorde
Segundo os dados da Secex, em fev/24, as exportações brasileiras de algodão alcançaram volume recorde para o período, totalizando 258,05 mil toneladas, aumento de 3,11% em relação a jan/24.
Já Mato Grosso, principal produtor do país, participou com 65,23% do total dos envios do Brasil nesse mês. Dessa forma, as exportações mato-grossenses totalizaram 168,31 mil toneladas no mês de fev/24, redução de 1,86% em comparação com o mês anterior. Essa diminuição dos envios internacionais foi influenciada, principalmente, pelo enfraquecimento das importações da China e Bangladesh que são importantes compradores da fibra.
Por fim, no que se refere aos principais destinos do algodão matogrossense, a China adquiriu 85,91 mil toneladas, seguida pelo Vietnã, que importou 34,84 mil toneladas no mês analisado.
Confira os principais destaques do boletim:
QUEDA: o poliéster exibiu decréscimo de 2,92% em seu preço no comparativo semanal, em decorrência do menor preço do petróleo nesta semana.
RETRAÇÃO: a paridade de jul/24 recuou 2,56% na última semana, reflexo da baixa no preço do algodão na bolsa de NY (Ice/24) e da moeda norte-americana.
DIMINUIÇÃO: o preço do caroço disponível em MT apresentou redução de 0,35% em relação à semana passada e ficou precificado em R$ 694,19/t.
A elevação nas cotações do algodão em fev/24 motivou o fechamento de novos negócios no mês.
Assim, a comercialização da safra 22/23 avançou 2,18 p.p. no último mês, alcançando 86,57% da produção, com preço médio mensal em R$ 148,57/@ (+10,26 ante jan/24).
Dessa forma, as movimentações dos preços da fibra em mar/24 são um ponto de atenção, pois é um fator que pode impactar no andamento das vendas do estado. Já para a safra 23/24, as negociações atingiram 58,32% da produção estimada para o ciclo, avançando 2,67 p.p. em fev/24, negociada com preço médio de R$ 139,95/@ no mês, alta de 1,76% ante jan/24, cenário pautado pela valorização dos contratos futuros na bolsa de NY.
O movimento também contribuiu para as negociações da safra 24/25, a qual já tem 8,33% da produção projetada negociada, e registrou avanço de 2,59 p.p. em fev/24 ante jan/24, a um preço médio de R$ 131,52/@. Por fim, cabe destacar que, apesar dos avanços registrados nas vendas das três safras, a comercialização segue atrasada em relação à média dos últimos anos.
Com informações do Jornal do Agro