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Autoridades quenianas continuam abrindo valas comuns e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado de Kilifi

 

Subiu de 360 para 372 o número de mortos de uma seita cristã que jejuaram até a morte em uma floresta no sul do Quênia para “ver Jesus Cristo”. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 12, pela polícia local. Segundo a comissária regional de polícia da costa queniana, Rhoda Onyancha, as escavações – reiniciadas na última segunda-feira, 10, depois de várias semanas paralisadas – ainda não foram concluídas, com isso o número de mortos pode aumentar nas próximas semanas. Assim, as autoridades quenianas continuam abrindo as valas comuns e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado de Kilifi. Quase todos os corpos dos mortos no chamado “massacre de Shakahola” foram exumados naquela floresta, que cobre mais de 320 hectares, enquanto apenas alguns morreram no hospital devido à gravidade de seu estado. Em 27 de junho, o patologista do governo, Johansen Oduor, indicou que, dos 338 corpos examinados até o momento, 117 eram menores e 201 adultos, enquanto 20 estavam em estado de decomposição muito avançado para determinar a idade. As autópsias realizadas até agora mostraram que, embora todos os corpos apresentassem sinais de inanição, alguns deles, principalmente os de crianças, também apresentavam vestígios de estrangulamento e asfixia. Nesse sentido, as primeiras investigações da polícia apontam que os fiéis eram obrigados a continuar jejuando mesmo que quisessem abandoná-lo. Ao menos 37 suspeitos foram presos até agora por envolvimento nas mortes, que chocaram o país. O ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, culpou nesta semana as forças de segurança e Justiça do país por negligência, por não terem tomado as medidas adequadas em resposta às queixas anteriores contra o suposto líder da seita, o pastor Paul Mackenzie. O pastor, sob custódia da polícia desde 14 de abril, lidera a Good News International Church e já trabalhou como taxista no passado.