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Porta-voz do exército ucraniano, Nataliya Gumenyuk, clamou por mísseis e defesa aérea para combater o ataque das tropas de Putin

    Dez dias após suspender o acordo de grãos, a Rússia bloqueou quase todos os portos da Ucrânia, informou nesta quinta-feira, 27, o exército ucraniano. “Precisamos de mísseis e defesa aérea. Reforçados, poderosos, modernos e capazes de combater os tipos de mísseis que o inimigo usa contra nós”, disse a porta-voz do Exército ucraniano, Nataliya Gumenyuk, em entrevista coletiva,. Ela ressaltou que Kiev carece de meios para se defender dos ataques à sua infraestrutura de grãos pela Rússia, que bloqueia “praticamente todos” os portos ucranianos. O acordo de grãos entre Rússia e Ucrânia foi assinado no ano passado por mediação da Turquia. No dia 17 de julho deste ano, o Kremlin informou que não iria renová-lo porque “as obrigações estabelecidas no memorando entre Rússia e ONU sobre a retirada dos obstáculos para a exportação de alimentos e fertilizantes russos ainda não foram cumpridas”, mas garantiu que “assim que a parte relativa à Ucrânia for cumprida, eles vão retornar imediatamente ao acordo de grãos”, que contribuiu para evitar uma grande crise alimentar global e reduziu os preços de alimentos em mais de 20% globalmente.

    “Os Kalibr atacaram infraestruturas portuárias na região de Odessa. Infelizmente, eles não puderam ser derrubados”, disse a força aérea no Telegram. Por outro lado, a defesa antiaérea destruiu todos os drones Shahed lançados contra as regiões de Khmelnitsky (oeste), Dnipropetrovsk (centro-leste) e Donetsk (leste). O exército russo afirmou nesta quinta-feira que atingiu aeródromos ucranianos, centros de comando e depósitos de armas ocidentais durante uma nova série de ataques noturnos na Ucrânia. “As forças armadas russas realizaram ataques aéreos e marítimos de longo alcance e alta precisão contra aeródromos, centros de comando e implantação das forças armadas ucranianas, oficinas de montagem e depósitos de drones navais e mísseis, de armas e equipamentos militares” ocidentais, declarou o Ministério da Defesa russo em um comunicado.

    *Com informações da AFP