Foto: Reprodução/RWN360

 

Por Ailton Cavalcanti

 

Perdemos a guerra contra as torcidas organizada, vândalos que se vestem de torcedores.

Invadem os gramados durante as partidas, centros de treinamentos dos clubes, ameaçam os atletas pelo celular, jogam pedra e bombas nos gramados. Não podemos continuar assistindo a estas cenas de violências no nosso futebol.

No país que mais tem leis, agora mais uma aprovada, para piorar, com vetos, “a nova Lei Geral do Esporte”, que também não vai resolve nada, no meu entendimento.

As cenas de barbárie que vimos no mês passado, um dia no campo do Santos, na Vila Belmiro, jogo Santos e Corinthians, em seguida no jogo do Vasco, em São Januário. Os vândalos foram punidos, as câmeras flagraram tudo, torcidas organizadas identificadas. Alguém foi preso? qual vai ser a punição, a de sempre!

Quem vai punir? O STJD ou a justiça comum? O tribunal do futebol só pune equipes do Nordeste, queria ver fechar a Vila Belmiro e São Januário, como tem feito com outros clubes dando até pena de seis jogos sem torcida e pagamento de multa – um absurdo!

A impunidade vai continuar. A punição do STJD é sempre fechar estádio, ou seja, acaba punindo a torcida ordeira que vai a campo para assistir as partidas, que recrimina e não compactua com a violência. E difícil não acredito nessa tal de paixão? Se fosse o filho de um destes julgadores, que estivesse em campo, será que puniam assim com esse comportamento simples?

Aqui vai meu alerta aos jogadores que deveriam parar o campeonato diante de tudo que estamos vendo. Pelo jeito, isso pode acontecer. Sem as partidas, vai doer no bolso de outros personagens deste negócio rentável chamado futebol, além dos clubes. Quem sabe, assim, podemos achar uma resposta para acabar com tamanha selvageria no futebol.

Com se não bastece, na última segunda-feira (10) foi a vez da Paraíba ser palco de atos de vandalismo e barbárie, com torcedores, ou melhor, bandidos vestidos com a camisa de clubes fazendo bagunça, agredindo a polícia (atiraram pedras e bombas), durante o jogo pela Série D, entre Campinense e Santa Cruz-PE, no estádio Amigão, em Campina Grande. Entem, no Centro de Treinamento do Santa Cruz, em Recife-PE. Torcedores ameaçando e cobrando dos jogadores.

Até quando, vamos ver esses canalhas brigando nas arquibancadas e nos arredores dos estádios? invadindo centro de treinamentos de clubes?. Não foi por falta de aviso, o comando da Polícia Militar, em Campina Grande, fez o alerta, pediu a Federação e a CBF para que o jogo fosse com torcida única, mas não foi atendido. A arrecadação e, mais importante, quem ‘paga o pato’ é a briosa polícia que executa e bem o seu trabalho.

Segurança

Sempre me pergunto por que o Estado, por meio da Policia Militar tem de cuidar da segurança nos estádios de futebol?

É correto? Apesar de ser comum ver a Polícia Militar garantindo a segurança em jogos de futebol, a verdade é que essa responsabilidade não é do Estado, mas sim da confederação, federação e dos clubes envolvidos.

Segurança em estádios de futebol, praças esportivas, casas de show etc., é de responsabilidade das instituições privadas, promotores desses eventos. No desporto, cabe as federações, confederações, clubes. Nos shows, as empresas promotoras. São estas entidades que vendem o evento, arrecadam fortunas, cobrando ingresso, além de venderem o espetáculo para a televisão e streaming na internet. E quem assume a segurança, no caso do futebol, é o estado, com a Polícia Militar. Está errado, não podemos aceitar mais esta situação.

Por fim, precisamos dar um basta! Com a palavra as autoridades que podem e devem tomar providências e acabar com essa brincadeira das torcidas organizadas em quanto há tempo.

Por Ailton Cavalcanti