O TJ-SP havia condenado Leandro Alves de Lima, do PCC, a dez anos de prisão | Foto: Divulgação/STJ

 

Leonardo Alves de Lima cumpria pena no presídio de segurança máxima em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo

O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a soltura de Leonardo Alves de Lima, considerado um dos chefes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O acusado foi preso com 2 quilos de cocaína na cidade de São Paulo.

Reis Júnior proferiu a sentença em 2 de junho e anulou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, responsável por condenar o acusado a mais de dez anos de prisão.

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O magistrado considerou ilegal a abordagem feita pelos policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). De acordo com a decisão, os agentes desconfiaram do nervosismo de Leonardo e apreenderam mais de R$ 1 mil em espécie, além da droga.

Durante a abordagem, o acusado tentou correr dos agentes, mas logo foi alcançado. Ele confessou aos policiais pertencer ao PCC e detalhou o esquema das suas atividades.

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Segundo o processo, Lima tinha como tarefa comercializar e contabilizar a venda de entorpecentes para o PCC. Apesar da gravidade dos crimes, o ministro desconsiderou a prisão do chefe da facção criminosa.

“A percepção de nervosismo do averiguado por parte de agentes públicos é dotada de excesso de subjetivismo e, por isso, não é suficiente para caracterizar a fundada suspeita para fins de busca pessoal, medida invasiva que exige mais do que mera desconfiança fundada em elementos intuitivos”, argumentou o magistrado.

Dessa forma, o ministro atendeu ao pedido da defesa e determinou a soltura do acusado.

STJ determina devolução de helicóptero de chefe do PCC

André do Rap, traficante que deixou a prisão e fugiu para o Paraguai após decisão do STF | Foto: Divulgação

Recentemente, em abril, a Polícia Civil de São Paulo precisou devolver um helicóptero apreendido com André do Rap, considerado um dos chefes do PCC. A determinação também partiu do STJ.

A aeronave apreendida estava sendo utilizada pela polícia para agilizar o transporte de órgãos para transplante.