O presidente do TSE, Alexandre de Moraes (esq), a vice-presidente da Corte, Cármen Lúcia (centro) e o ministro Nunes Marques (dir), durante a abertura do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro – 29/06/2023 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Placar está em 3×1

Até o momento, votaram contra Bolsonaro os ministros Benedito Gonçalves, André Tavares e Floriano Marques; a favor do ex-presidente, Raul Araújo. Faltam se manifestar Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Cármen Lúcia.

Como foi o julgamento de Bolsonaro

O ministro Araújo abriu a primeira divergência. Ele defendeu a nulidade da “minuta do golpe” encontrada na casa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ministro da Justiça de Bolsonaro, acolhida por Gonçalves em seu voto.

De acordo com Araújo, ele votou inicialmente a favor da inclusão do documento nos autos para ser possível apurar relação entre o documento e o processo movido pelo PDT. Depois de analisá-lo, porém, concluiu “não haver nexo” entre os casos no julgamento de Bolsonaro.

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante o início do julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível – 22/06/2023 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Terceiro a votar, Marques aceitou a inclusão da minuta, mas como “assessório”do processo. O ministro argumentou que o comportamento de Bolsonaro na reunião foi típico de campanha e distante da liturgia do cargo.

Na sequência, Tavares acrescentou que o conteúdo do discurso de Bolsonaro continha “informações falsas”, além de “inequívocos ataques” a partidos, candidatos, ministros do STF e TSE. O ministro também concluiu que ficou comprovado “desvio de finalidade, caracterizando o abuso de poder”.

Segundo Tavares, o encontro com embaixadores fez parte de uma estratégia para desestabilizar a democracia, e que que elementos anteriores e posteriores à reunião não podem ser ignorados.