Com a vitória de Tinubu, em fevereiro de 2023, as tensões na Nigéria aumentaram. Observadores internacionais suspeitam de fraude no processo eleitoral nigeriano. À ICC os observadores afirmaram: “As eleições ficaram muito aquém das expectativas legítimas e razoáveis dos cidadãos nigerianos. Um número substancial de cidadãos foi impedido de participar da votação”.
O novo presidente nigeriano abandonou a tradição de candidatos presidenciais escolherem um companheiro de chapa que professa uma fé diferente (no país africano, os cristãos somam 46%; e os muçulmanos, 53% da população). Tinubu, que segue o Islã, escolheu o muçulmano Kashim Shettima como seu braço direito. Decisão objeto de duras críticas por parte dos líderes não muçulmanos, que denunciaram a flagrante marginalização dos seus interesses.
Violência
A eleição do novo presidente acontece em meio à violência religiosa que assola várias regiões da Nigéria, principalmente as zonas central e norte do país, nas quais ocorre a atuação de grupos terroristas, como o radical islâmico Boko Haram. O novo presidente tem o desafio de apaziguar o país, combatendo a perseguição religiosa; porque, como destacam os observadores internacionais, se não houver paz, será impossível combater muitos dos problemas crônicos da nação africana, como a fome e a miséria.
Com informações da Reuters