Jornal criticou recepção do petista ao ditador Nicolás Maduro
“Depois de estender o tapete vermelho para Nicolás Maduro, pária mundial por razões óbvias, o petista declarou que o tirano venezuelano é um governante legitimamente eleito e que a Venezuela, portanto, é uma democracia exemplar”, observou o jornal. “Na opinião de Lula, todas as inúmeras denúncias de violações de direitos humanos, de manipulação das eleições e de perseguição a dissidentes e jornalistas naquele país não passam de ‘narrativa que se construiu contra a Venezuela’. Lula então sugeriu ao ‘companheiro Maduro’ que ‘construa a sua narrativa’, que ‘será infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você’.”
Adiante, o Estadão afirma que Lula se refere à União Europeia e aos Estados Unidos, quando fala “nossos adversários”. “Na ‘narrativa’ de Lula, americanos e europeus simplesmente ‘não gostam’ de Maduro, por puro ‘preconceito’, e por isso resolveram inviabilizar o governo chavista — e as agruras dos venezuelanos, com hiperinflação, escalada da miséria e da fome e êxodo de 7 milhões de cidadãos em poucos anos, seriam resultado das sanções internacionais, e não da ruína do país promovida pelo chavismo.”
Por fim, o jornal diz que Lula tem “delírios” de uma Venezuela beneficiada com obras de infraestrutura custeadas pelo Brasil, mesmo o Ministério da Fazenda “catando moedas no vão do sofá”. Além disso, segundo o Estadão, a julgar pelo “obsceno discurso de Lula”, é uma narrativa que faz brilhar os olhos do chefão petista.
Com informações da Revista Oeste