(Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)

 

Sempre em meus comentários, falava do Tite, quando o assunto era seleção brasileiro, oito aos a frente da seleção, duas copas do mundo, e duvido que um brasileiro, sequer, saiba qual o time titular do Tite, cada amistoso uma equipe, cada competição oficial, mais um time diferente, na minha modéstia, dizia que Tite seria um Tele Santana da era moderna, já sabia que o final seria trágico, triste e doloroso para os brasileiros que amam o futebol, portanto veja abaixo a cônica da jornalista Ana Paula, mais pura verdade. Disse – Ailton Cavalcanti.

Crônica: Ana Paula (do Volei):

Não há nada mais comum no esporte do que as derrotas e as dores, lágrimas e lições que elas trazem. Derrotas fazem parte do próprio contexto do êxtase que existe nas glórias.

Para mim, com mais de 20 anos dedicados ao esporte, o que não é aceitável é a suprema covardia de quem abandona seus comandados, de quem, em um rompante narcisista e egoísta, abandona seus soldados em campo depois de uma batalha perdida.

O que Tite, técnico da seleção brasileira de futebol fez hoje depois da eliminação para a Croácia na Copa Mundo, é o degrau mais baixo que um técnico ou dirigente pode cruzar: o abandono de campo com seu batalhão ainda preso na trincheira pelas lágrimas, frustração e tristeza diante da derrota.

Eu poderia tentar elucidar de maneira mais elegante e não tão direta o que penso sobre o abandono de campo – e de seus jogadores ainda em campo – de Tite, mas não vou dourar pílula alguma: Tite é um covarde e o Brasil, apesar de brilhantes jogadores, perdeu para um técnico arrogante e covarde.

O esporte, assim como a vida e, por isso, profundas lições aprendidas ali são carregadas por onde você caminha, não premia covardes porque a covardia é repugnante, abjeta e inesquecível. E é exatamente nas derrotas que os covardes mais aparecem.

Tite deveria aprender com o técnico da seleção japonesa, também eliminada pela Croácia nos pênaltis. Após a frustrante e dolorosa eliminação, ele foi até a torcida, agradeceu com o tradicional gesto japonês, voltou ao meio do campo, falou com o grupo que estava unido em um círculo e depois cumprimentou cada um dos jogadores com lágrimas e gratidão nos olhos.

No esporte, há uma GIGANTESCA diferença entre ser um técnico ou um comandante e ser um LÍDER. Líderes deixam lições e memórias que você carregará para a eternidade.

Lições de companheirismo, lealdade, princípios, ética.

Por Ana Paula (voley)