Last updated on dezembro 19th, 2022 at 09:09 pm

 

Em tom de despedida, o deputado estadual do Rio Grande do Sul, Rodrigo Maroni, fez seu último discurso na Assembleia Legislativa.

Com o tema “O que vi e vivi na política”, o parlamentar fez uma retrospectiva de sua atuação na área, desde o tempo do movimento estudantil nos anos 1990 – onde foi um militante de esquerda do PT – e não poupou críticas ao tecer duras verdades.

“Não tive nenhuma surpresa boa na política. É um ambiente profissional, onde a maioria entra jovem e sai velho”, disse.

Maroni afirmou com todas as letras na frente de seus colegas que considera o ambiente da política triste e “de humanidade dilacerada”.

“A única satisfação que tenho é desejar a quem não gosto que fique na política o resto da vida, infeliz e tendo que mentir para agradar quem não é legal”, revelou.

Para o deputado, a política se constitui num espaço de ilusão e fantasia, “onde o povo, em geral, não quer ouvir a verdade e não vota em quem diz a verdade”.

Ex-militante de esquerda, Maroni afirmou que está satisfeito por ver a direita se organizando no Brasil. Em sua opinião, sem pressão e sem conflito não haverá nenhuma mudança real no país.

“É preciso ir para a rua sim. Do contrário não haverá transformação. O sistema não vai mudar por conta própria”, disse.

Apesar de considerar a democracia “o regime menos pior”, Maroni considera que o modelo tem muitas falhas e se assemelha a “uma gincana de conspiração” e de lobbies.

“Não podemos nos iludir. A democracia não é tudo isso. Ela também é podre”, frisou.

Sem a menor dúvida um dos mais fortes pronunciamentos da história da política.

Confira:

Com informações do JC Online