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‘Um vício que muitos têm’, disse o pontífice.
O Papa Francisco alertou os seminaristas contra o “diabo” da pornografia digital, embora admitindo que assistir pornografia online também é um vício de padres e freiras.
O pontífice fez as declarações durante uma convenção com seminaristas em Roma na segunda-feira, em resposta a uma pergunta sobre como uma nova geração de clérigos imersos nas mídias sociais pode usar ferramentas digitais para “compartilhar a alegria de ser cristão, sem esquecer nossa identidade ou ser muito exposto e arrogante”.
No texto completo do evento, publicado pelo Vaticano nesta quarta-feira (26), Francisco exortou os seminaristas a usar as mídias sociais “para avançar, para se comunicar”, alertando-os sobre os perigos, nomeadamente a pornografia digital.
“Não direi ‘levante a mão se você já teve pelo menos uma experiência disso’”, disse o papa. “Mas se cada um de vocês pensa que teve a experiência ou a tentação… É um vício que tantas pessoas têm. Tantos leigos, tantas leigas, e também padres e freiras. O diabo entra de lá. E não estou falando apenas de pornografia digital como a de abuso infantil, isso já é degeneração. Queridos irmãos, prestem atenção a isso.”
Apesar de ter 64,3 milhões de seguidores no Twitter, o papa, de 85 anos, disse que não usava ferramentas de mídia social “porque cheguei tarde demais”.
Uma equipe de pessoas gerencia as várias contas de mídia social do papa.
No final de 2020, o Vaticano ficou em uma situação embaraçosa quando foi forçado a “buscar explicações no Instagram” depois que a conta oficial do Papa Francisco no Instagram curtiu uma foto de uma modelo brasileira, Natalia Garibotto.
O “curtir” da conta do papa ficou visível na foto na página de Garibotto por vários dias antes de ser descurtido.
No entanto, a empresa de gestão de Garibotto, COY Co, aproveitou a publicidade e reposta a imagem em sua própria conta do Instagram com uma mensagem dizendo que a empresa “recebeu a bênção oficial do Papa”. Garibotto, que tem mais de 3,3 milhões de seguidores, brincou: “Pelo menos vou para o céu”.
O Vaticano disse na época que “podemos excluir que o ‘like’ tenha vindo da Santa Sé”.