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As tensões entre Pequim e Taipei estão no nível mais alto das últimas décadas
Taiwan vai considerar qualquer invasão do espaço aéreo um “primeiro ataque”. O alerta foi feito pelo Ministério da Defesa do país na quarta-feira 5. As declarações do ministro Chiu Kuo-cheng buscou abordar as recentes ameaças promovidas pela China contra a ilha, que promoveu o voo de aviões de guerra e drones chineses nas proximidades do território autônomo. Chiu, no entanto, não especificou como Taipei responderia se a aeronave do Exército de Libertação Popular violasse o limite territorial.
“No passado, dissemos que não seríamos os primeiros a atacar, o que significava que não dispararíamos o primeiro tiro sem a China disparar projéteis de artilharia ou mísseis primeiro”, disse Chiu Kuo-cheng.
“Mas, agora, a definição obviamente mudou, pois a China usou meios como drones. Portanto, ajustamos e veremos qualquer travessia de entidades aéreas no espaço aéreo de Taiwan como um primeiro ataque”, disse Chiu durante uma reunião do Comitê de Defesa Nacional e Estrangeira do Legislativo.
Chiu disse que os militares de Taiwan “definitivamente têm sua linha vermelha” quando se trata da defesa da ilha, e enfatizou que os militares lançarão “contramedidas” assim que a linha vermelha for ultrapassada.
No início deste ano, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que os militares da ilha tomariam “contramedidas necessárias e fortes conforme apropriado” contra o que ela chamou de táticas de guerra da zona cinzenta chinesa, incluindo “assédio por drones”.
“Não daremos à China o pretexto para criar conflito. Não provocaremos disputas e seremos contidos, mas isso não significa que não iremos contrariar”, disse Tsai.
O Partido Comunista da China reivindica a ilha como sua. O líder chinês, Xi Jinping, disse que a “reunificação” entre China e Taiwan é inevitável e se recusou a descartar o uso da força.
As tensões entre Pequim e Taipei estão no nível mais alto das últimas décadas, com os militares chineses realizando grandes exercícios militares perto da ilha.
Com informações da Reuters