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Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que eles estão dispostos a ‘todos os contatos’ e que foi a Ucrânia que proibiu a continuação das negociações
A Rússia está disposta a dialogar com os Estados Unidos, França e o papa Francisco sobre uma solução para a guerra na Ucrânia, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira, 25. “Estamos dispostos a debater tudo isso com os americanos, os franceses e com o pontífice”, disse o representante da presidência russa, em entrevista coletiva concedida diariamente por telefone. Essa resposta foi dada em resposta à iniciativa do presidente da França, Emmanuel Macron, que pediu na segunda-feira, 24, ao papa Francisco para que faça contato com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o patriarca da Igreja Ortodoxa, Kirill, e o presidente dos EUA, Joe Biden, para dar impulso ao processo de paz. “Se isso realmente vai na direção dos esforços para encontrar possíveis soluções, pode ser visto de uma forma positiva”, afirmou Peskov, acrescentando que “a Rússia está aberta a todos os contatos, mas devemos partir do princípio de que a Ucrânia proibiu a continuação das negociações”, referindo-se a decisão de Zelensky de não realizar nenhuma negociação com o líder russo.
A solicitação por um diálogo já tinha sido esboçada pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que exigiu ao ministro da Defesa de Rússia, Serguei Choigu, que mantenha abertas as portas para as linhas de comunicação em meio à guerra da Ucrânia, conforme divulgou o Pentágono na sexta-feira, 21.
Os EUA destacaram, em ocasiões anteriores, a importância de que fossem mantidos livres os canais de diálogo, para evitar enfrentamentos acidentais com Moscou no terreno militar, diante do perigo de que isso leve a uma escalada de tensões. Esta é a segunda vezes que os titulares dos setores de Defesa dos dois países falam por telefone desde o início da guerra da Ucrânia, em fevereiro deste ano. A primeira conversa aconteceu em 13 de maio. Segundo o Departamento de Defesa americano, Austin também falou por telefone com o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, para reiterar o “compromisso inquebrantável” de Washington com a população do país do Leste Europeu.
Com informações da AFP